Equoterapia na abordagem social em pacientes com TEA
levantamento de estudos publicados
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.271.6.2019Palavras-chave:
Medicina, Equoterapia, AutismoResumo
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como marcante o padrão de comportamento repetitivo e restritivo, além da dificuldade de relacionamento social. A prevalência dessa condição aumentou cerca de 600% nas últimas décadas, segundo o jornal espanhol El Mundo (2009). O tratamento do aspecto social ainda se mostra uma das áreas mais complexas. Nesse contexto, a equoterapia é uma prática terapêutica que se utiliza do cavalo, em abordagem multidisciplinar, para desenvolvimento biopsicossocial. Os efeitos dessa prática no âmbito social se mostram efetivos no estudo conduzido por Anderson e Meints, publicado em 2016, que elucida o aumento da empatia e redução da dificuldade de adaptação ao meio social como resultados de um programa de equoterapia de 6 semanas com 15 pacientes autistas. Alimentar o cavalo, levar para passear e acariciar favorece a criação de um vínculo, o que é difícil para pacientes com TEA em suas atividades diárias. Ademais, a textura, odor e movimentos espontâneos do animal promovem um confronto com comportamentos fora da rotina e controle do praticante, estimulando o desenvolvimento da capacidade de adaptação. Assim, o objetivo de nosso trabalho é verificar o estado de conhecimento da comunidade científica sul-americana acerca da influência da equoterapia em pacientes diagnosticados com TEA. Através das dimensões da pesquisa-científica propostas por Novikoff (2010) realizamos uma revisão sistemática na plataforma da Scielo, utilizando a palavra-chave “equoterapia” e delimitando publicações sul-americanas. Dentre as 812.133 publicações, apenas 17 foram encontradas relacionadas à essa prática. Destas, cinco abordam suas aplicações em pacientes com Síndrome de Down, duas em pacientes idosos e o restante se distribui entre pacientes em recuperação após AVC, diagnosticados com TDAH, pacientes com esclerose múltipla, crianças que nasceram prematuras e pacientes com espondilite anquilosante. Em nenhum trabalho foi encontrada menção sobre pacientes com TEA. Entre os mesmos artigos, 16 dissertam acerca de algum dos benefícios motores trazidos pela equoterapia: alinhamento postural, equilíbrio, coordenação motora e força muscular. Apenas uma publicação trouxe informações sobre a questão socioafetiva. Dessa forma, visto que a SciELO é uma das mais usadas plataformas para busca em saúde na América do Sul, conclui-se que esse continente não articula suficientemente acerca desse assunto. A prática da terapia assistida por cavalos em pacientes com TEA mostra-se capaz de apurar o comportamento social e gerar melhorias na qualidade de vida do praticante e de sua família e, por isso, deve ser pronunciada.
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