Novembro Azul

relação da prevenção primária e a taxa de mortalidade

Autores

  • G. L. Vieitas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. C. N. G. Geha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • I. B. N. Moura Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • N. P. Sardinha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • S. E. H. Santos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • E. C. Jesus Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.462.4.2017

Palavras-chave:

Neoplasia de Próstata, Novembro Azul, Prevenção Primária

Resumo

O câncer de próstata representa, no Brasil, o segundo mais comum em homens. É considerado um câncer da terceira idade, pois três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Comparando os dados de mortalidade no Brasil entre 1979 a 2012, houve um aumento de 400%, ao passo que o número perdido de anos potenciais de vida no mesmo período triplicou. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 61.200 novos casos eram estimados em 2016. Em 2009, alinhando-se à campanha mundial Novembro Azul, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, que visava orientar ações e serviços de saúde para a população masculina, principalmente ao promover maior acesso à saúde pública. O objetivo do trabalho é analisar os dados epidemiológicos da morbidade hospitalar e da mortalidade relacionadas à neoplasia maligna da próstata. O nosso estudo transversal terá como método a pesquisa dos dados epidemiológicos das plataformas DATASUS e INCA, no período entre 2005 e 2014. Além disso, será efetuado um levantamento do estado do conhecimento a partir de uma revisão de artigos com o indexador "neoplasia de próstata" publicados nos anos de 2009-2017, no lócus de pesquisa Scielo. A partir do levantamento realizado, foi constatado um aumento de 91% no número de internações hospitalares no Brasil. Já no estado do Rio de Janeiro (RJ), no mesmo período, constatou-se um aumento de 64%. Em relação à mortalidade, no Brasil, neste mesmo intervalo de tempo, houve um aumento de 10.214 óbitos em 2005 para 14.161 em 2014; já a nível estadual, houve 1.193 óbitos, enquanto, em 2014, foram 1344. É essencial destacar uma relativa diminuição da mortalidade entre 2010 e 2011, tanto no Brasil como no RJ, que seriam condizentes com a aplicação da política nacional a médio prazo, assim como o aumento da morbidade hospitalar, sendo principalmente as internações eletivas. Em contrapartida, houve um subsequente aumento gradativo entre 2012 e 2014, o que demonstra que apesar da política de saúde do homem ter sido implementada e a campanha Novembro Azul ser realizada todo ano, ainda há deficiências a serem sanadas, tal qual o Ministério da Saúde e o INCA não recomendarem o rastreamento precoce de toda população masculina. Ademais, o diagnóstico precoce tem 90% de chance de cura. Portanto, esses dados apontam uma deficiência na implantação efetiva da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, podendo auxiliar no embasamento de novas estratégias de políticas públicas que visem informar e melhor acolher a população masculina, especialmente na atenção básica. Além disso, tais resultados revelam a necessidade dos órgãos nacionais reverem suas preconizações.

Referências

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Publicado

24-05-2017

Como Citar

Vieitas, G. L., Barroso, C. R. D., Geha, J. C. N. G., Moura, I. B. N., Sardinha, N. P., Santos, S. E. H., & Jesus, E. C. (2017). Novembro Azul: relação da prevenção primária e a taxa de mortalidade. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 4. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.462.4.2017

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