A epidemiologia do câncer de pulmão no Brasil e sua relação com estratégias em saúde

Autores

  • C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • I. B. N. Moura Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • G. L. Vieitas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. C. N. Geha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • S. E. H. Santos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • N. P. Sardinha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. R. B. Arantes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.439.4.2017

Palavras-chave:

Neoplasias Pulmonares, Epidemiologia, Hábito de Fumar

Resumo

O câncer de pulmão é um dos mais prevalentes no mundo, somando cerca de 1,2 milhão de casos novos anualmente, com sobrevida média acumulada total em cinco anos variando entre 7 e 10%. Sua incidência e a mortalidade refletem, em parte, os fatores de risco aos quais uma população foi previamente exposta. O tabagismo, a exposição passiva à fumaça do cigarro, a poluição atmosférica, a dieta e a exposição ocupacional são fatores importantes na carcinogênese pulmonar. Acredita-se que, no ano de 2030, o fumo deverá ser a maior causa isolada de mortalidade, podendo ser responsável por 10 milhões de mortes por ano. Assim, sendo o risco atribuível ao tabagismo como agente etiológico do câncer pulmonar superior a 90%, medidas preventivas de saúde pública tornam-se imprescindíveis no seu combate. O objetivo do trabalho é realizar análise epidemiológica da morbidade e mortalidade do câncer de pulmão. Para isso, foram levantados dados epidemiológicos sobre morbidade e mortalidade da neoplasia maligna de traquéia, brônquios e pulmões, do ano de 2005 a 2014, segundo a plataforma do TABNET no DATASUS e do INCA. Sendo assim, no período entre 2005 e 2014, foram registrados no Brasil 165.134 internações por neoplasia maligna de traquéia, brônquios e pulmões, sendo 15.123 no estado do Rio de Janeiro. Em 2005, foram 14.133 internações no Brasil e 1.574 no Rio de Janeiro, contra 21.219 e 1.760 no ano de 2014, revelando um aumento de mais de 50% em escala nacional e de quase 12% em escala estadual. Em relação ao sexo, embora as internações sejam maiores entre os homens, essa superioridade caiu de 42% para 23% em relação às mulheres. No que diz respeito aos valores totais dos serviços hospitalares, foram quase 200 milhões de reais em despesas médicas durante o período avaliado. Quanto à mortalidade, foram registrados no Brasil 216.051 óbitos, sendo 134.950 em homens e 81.085 em mulheres. A razão de óbitos entre os sexos já foi de 1 óbito entre as mulheres para cada 3,3 óbitos entre os homens, no entanto, segundo os dados apresentados, essa razão já é menor que 1:1,7. Além disso, segundo a distribuição proporcional do total de mortes, no período de 2005-2009, a porcentagem entre os homens era de 14,83%, passando para 14,27% no período de 2010-2014. Já na população feminina, os resultados foram diferentes, visto que os números passaram de 9,56% para 10,54% nos períodos mencionados. Os resultados desta análise evidenciam que o câncer de pulmão no Brasil tem padrão de distribuição com redução da mortalidade para o sexo masculino e aumento da mortalidade para o sexo feminino. Portanto, esses dados podem ser usados no planejamento de políticas públicas visando a prevenção e controle do tabagismo no Brasil, em vista da necessidade de desenvolvimento de novas estratégias e medidas, especialmente entre as mulheres.

Referências

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Publicado

24-05-2017

Como Citar

Barroso, C. R. D., Barroso, M. C. R. D., Moura, I. B. N., Vieitas, G. L., Geha, J. C. N., Santos, S. E. H., Sardinha, N. P., & Arantes, J. R. B. (2017). A epidemiologia do câncer de pulmão no Brasil e sua relação com estratégias em saúde. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 4. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.439.4.2017

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