Doença celíaca

atualização diagnóstica e terapêutica

Autores

  • R. C. J. Araujo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • P. D. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • D. C. J. Araujo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • I. M. Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • N. C. J. Brum Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • E. C. Jesus Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.555.3.2016

Palavras-chave:

doença celíaca, glúten, transglutaminases, imunoglobulina A

Resumo

A doença celíaca (DC) é uma intolerância à ingestão de glúten, contido em cereais como  cevada, centeio, trigo e malte, em indivíduos geneticamente predispostos,  caracterizada por um processo inflamatório que envolve a mucosa do intestino delgado,  levando a atrofia das vilosidades intestinais, má absorção e uma variedade de  manifestações clínicas. As proteínas do glúten são relativamente resistentes às  enzimas digestivas, resultando em derivados peptídeos que podem levar à resposta  imunogênica em pacientes com DC. As manifestações clínicas da DC podem envolver  o trato gastrointestinal, assim como pele, fígado, sistema nervoso, sistema reprodutivo,  ossos e sistema endócrino. O espectro clínico da doença celíaca (DC) varia entre quase  assintomáticos ou sintomas graves como síndrome de má absorção: diarréia, déficit de  crescimento, distensão abdominal, e deficiências nutricionais, incluindo anemia por  deficiência de ferro, e são mais prevalentes em crianças mais novas, e apresentação  menos específica em crianças mais velhas. Doença celíaca não tratada tem alta  morbimortalidades, ocasionada por anemia, infertilidade, osteoporose e câncer,  principalmente, linfoma intestinal, aumentando os riscos de complicação em pacientes  sem tratamento, o que denota a grande relevância deste estudo. Objetivo: realizar uma  revisão da literatura sobre as mais recentes evidências científicas no diagnóstico e  tratamento da doença celíaca. Critérios de inclusão: Os estudos incluídos nesta revisão  foram selecionados em bancos de dados computadorizados: PubMed, SCIELO,  MEDLINE e LILACS. Critérios de exclusão: trabalhos selecionados sobre o tema que  estejam em língua estrangeira que não seja Inglês ou Espanhol. Embora o progresso  científico se mostre considerável em compreender a doença celíaca e em impedir ou em  curar suas manifestações, uma dieta isenta de glúten é o único tratamento para doença  celíaca. De acordo com estudos atuais, com o avanço nos testes sorológicos para o  diagnóstico da DC ficou evidenciado o aumento de sua prevalência, que deixou de ser  uma doença considerada rara, além de podermos reconhecer seu acometimento  sistêmico variado e não mais pesarmos nessa patologia somente como acometimento  isolado do sistema digestivo e com inicio reservado a infância. Os melhores testes  sorológicos disponíveis, por terem sensibilidades e especificidades muito elevadas, são o  anticorpo IgA ATGt (anti-transglutaminase) e o anticorpo IgA AEm(anti-endomísio). Ainda  usado, porem com menor sensibilidade e especificidade, o anticorpo anti-gliadina, ajuda  na detecção de falha na dieta isenta de glúten (DIG), devendo ser lembrado que os testes  sorológicos devem ser solicitados na presença de qualquer grau de suspeita do  diagnóstico dessa patologia. No diagnóstico da DC, é considerado padrão-ouro, a biópsia  intestinal alterada junto com as provas sorológicas positivas. O diagnóstico precoce e o  tratamento, junto com visitas regulares a um nutricionista, são necessários para  assegurar adequada dieta e para impedir a desnutrição ao aderir à dieta isenta de glúten  durante toda a vida. 

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Araujo, R. C. J., Barroso, P. D. D., Araujo, D. C. J., Silva, I. M., Brum, N. C. J., & Jesus, E. C. (2016). Doença celíaca: atualização diagnóstica e terapêutica. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.555.3.2016

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