Violência obstétrica e o papel do enfermeiro sob a visão de acadêmicos de enfermagem

Resumo

Este estudo trata do discurso de discentes de enfermagem de um Centro Universitário situado no interior do estado do Rio de Janeiro a respeito da violência obstétrica.  Teve como objetivos: analisar o discurso de alunos da graduação em Enfermagem sobre seu conhecimento a respeito da violência obstétrica; apontar os principais tipos de violência obstétrica e discutir como os acadêmicos acreditam que possam contribuir para a prevenção da violência obstétrica, durante a formação e na atuação profissional futura. Trata-se de uma pesquisa descritiva de natureza quantiqualitativa realizada com acadêmicos de enfermagem do 4º e 5º anos da formação, em um Centro Universitário no interior do estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2023 mediante aplicação de um questionário eletrônico, produzido pelos próprios pesquisadores, via Google Forms, com roteiro de perguntas fechadas e abertas sobre o tema em questão. A pesquisa foi aprovada no comitê de ética do UniFOA sob Parecer n. 5.877.519. Participaram do estudo 61 acadêmicos, em sua maioria com idades entre 18 e 25 anos, do sexo feminino, cursando o 4º ano da graduação em Enfermagem, em sua maior parte conheciam o termo “violência obstétrica” e sabiam que a mesma é possível de ser evitada. As respostas permitiram formar as categorias: Desrespeito à liberdade e escolhas da parturiente; Violência física, moral e psicológica a parturiente; Enfermeiro como promotor de segurança e acolhimento à parturiente. Conclui-se que os acadêmicos conhecem o termo violência obstétrica, são capazes de classificar os tipos de violência obstétrica e entendem seu papel como educador para a conscientização da não violência no cenário do parto e como promotor da humanização do parto e dos direitos das parturientes.