Sífilis na atenção primária

seguimento pós-tratamento pela enfermagem

Resumo

Trata-se de uma pesquisa oriunda de um Projeto de Iniciação Científica e teve como objetivos entender a experiência de gestantes e seu conhecimento em relação a sífilis e identificar o que tais gestantes conhecem sobre o seguimento após o tratamento em caso de infecção por sífilis. Justifica-se o desenvolvimento da pesquisa pelo fato da sífilis ser uma infecção que tem crescido em número de casos novos e que impacta a saúde de adultos em idade produtiva, gestantes e crianças acometidas pela sífilis congênita, implicando em seus direitos humanos de ter saúde de qualidade e de forma acessível. Gerando ainda, menor expectativa de vida, afastamento do trabalho, impactos psicológicos e implicação na saúde e qualidade de vida para os indivíduos que não fazem o tratamento e seguimento adequados. Participaram da pesquisa 20 (vinte) gestantes maiores de 18 anos. Foram excluídas aquelas que não aceitaram participar ou apresentavam algum déficit cognitivo que pudesse interferir no entendimento das perguntas. A coleta de dados foi feita através de uma entrevista semiestruturada com perguntas fechadas sobre caracterização e outras abertas sobre os objetivos. Os resultados permitiram formar as seguintes categorias: conhecimento adequado sobre sífilis, desinformação das gestantes sobre sífilis e desinformação sobre o seguimento pós-tratamento. Conclui-se com este estudo que as gestantes não têm conhecimento amplo e adequado sobre sífilis, e embora tenham sido submetidas a testagem rápida durante o pré-natal o aconselhamento pré-teste e pós-teste não foi efetivo.  Percebe-se ainda que em alguns casos os parceiros não realizaram o teste para sífilis, por pensar ser desnecessário ou não entender a gravidade da doença, a grande maioria não acompanha a parceira no pré-natal, com isso, não tem a chance de adquirir algum conhecimento sobre o assunto. O seguimento de casos após o tratamento, assim como observado em outros estudos, apresenta lacunas e demonstra que os profissionais de saúde ainda precisam avançar nesta prática e também informar as gestantes sobre a importância tanto do tratamento quanto do seguimento para garantir a cura da infecção e o controle da sífilis na comunidade. A pesquisa foi aprovada no Comitê de ética sob parecer nº 3.910.472.