Conjuntivite em neonato com ênfase na importância da prevenção

Autores

  • Lívia Cristina Rios Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Cristina Rios Bastos Silva Alves de Sá Chaves Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Leoni Ferreira da Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Miguel Zaidan Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Ricardo Barbosa Pinheiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.663.2.2015

Palavras-chave:

Conjuntivite neonatal, conjuntivite, neonato

Resumo

Introdução: Conjuntivite Neonatal (CN) é definida como uma conjuntivite purulenta do recém-nascido, no primeiro mês de vida, usualmente contraída durante o seu nascimento, a partir do contato com secreções genitais maternas contaminadas. Os fatores predisponentes às conjuntivites neonatais são parto vaginal, asfixia neonatal e ruptura prolongada da membrana amniótica. Apresenta um importante potencial de complicações locais e sistêmicas, além da necessidade de exames laboratoriais para seu diagnóstico etiológico. Embora o uso do Nitrato de Prata pareça ainda ser o método oficial, seu uso tem sido questionado devido à incompleta proteção contra clamídia, principal agente da conjuntivite neonatal nos dias atuais, e pela frequente ocorrência de conjuntivite química. Por isso, constitui importante problema de saúde pública, negligenciado no Brasil, onde não há padronização do método de prevenção. Objetivos: O objetivo é discutir e comparar as informações contidas na revisão bibliográfica à prática médica, na vivência do internato de pediatria no Hospital São João Batista - Volta Redonda, na prática clínica de neonatologia. Além disso, enfatizar a importância da prevenção e como a profilaxia pode evitar complicações irreversíveis no neonato. Relato de Experiência: Não há um consenso em relação à conduta adotada para profilaxia da CN. Isso pode ser demonstrado pela divergência entre os estudos consultados para elaboração do artigo. Na maternidade do Hospital São João Batista, na cidade de Volta Redonda, a conduta é a administração do colírio de Nitrato de Prata 1% em todos os recém-nascidos de parto normal, na primeira hora após o nascimento. Já nos nascidos de parto cesáreo, a conduta é variável de acordo com o tempo de ruptura das membranas amnióticas, o que está de acordo com a recomendação da Academia Americana de Pediatria, entretanto ainda não há uma padronização do método em protocolo no Brasil. Resultados: Além da profilaxia medicamentosa, reduzir a prevalência das infecções genitais na população geral, instituir a triagem na rotina pré-natal e o tratamento préparto das mulheres grávidas infectadas são intervenções importantes na tentativa de diminuir o número de casos de CN, assim como suas consequências. Conclusões: Na maternidade do Hospital São João Batista - Volta Redonda, é adotada a profilaxia com o método de Credé (Nitrato de Prata 1%), visando evitar a CN e suas graves complicações. Todos os recém-nascidos de parto normal recebem o colírio na primeira hora após o nascimento, e a conduta nos nascidos de parto cesáreo depende do tempo de ruptura das membranas amnióticas. Conclui-se que a elaboração e a incorporação de programas voltados para ações no âmbito da saúde ocular, com intervenções eficazes, ainda não constituem realidade efetiva na maioria dos países em desenvolvimento, como no Brasil, e, quando existentes, são dirigidos com maior afinco à atenção primária de saúde. É importante ressaltar que o tratamento de qualquer infecção materna antes do parto pode ajudar a reduzir as complicações da doença, como também ajudar a diminuir a incidência da cegueira infantil, não só nos países em desenvolvimento, mas também nos países desenvolvidos.

Referências

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Cristina Rios, L., Bastos Silva Alves de Sá Chaves, C. R., Ferreira da Silva, L., Zaidan, M., & Barbosa Pinheiro, R. (2015). Conjuntivite em neonato com ênfase na importância da prevenção. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.663.2.2015

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