Abordagem Cirúrgica De Emergência No Trauma Hepático

Autores

  • J. D. O. Marinho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. G. Guidoreni Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.520.3.2016

Palavras-chave:

trauma, lesão hepática, cirurgia, emergência

Resumo

A taxa de mortalidade por causas externas no Brasil corresponde a terceira principal  causa de morte no país, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares e  neoplasias. As principais causas externas são as mortes por acidentes  automobilísticos e violência. A faixa etária mais acometida nos acidentes de trânsito  são adultos jovens entre 20-29 anos, e as outras causas externas de lesões  acidentais, a faixa etária mais acometida são os idosos com mais de 80 anos  (DATASUS). A principal forma de combate aos números absurdos de mortes por  acidentes é a prevenção. O trabalho é uma revisão de literatura e tem como objetivo  elucidar as principais formas de manejo cirúrgico no paciente com trauma abdominal  com lesão hepática. As referências apresentadas pela literatura sobre abordagem  cirúrgica de emergência no trauma hepático foram coletadas a partir das bases de  dados MEDLINE, SciELO, Biblioteca Virtual em Violência e Saúde da Bireme, e  livros Trauma- Cirugia, MEDGRUPO, Schwartz’s princípios de Cirurgia. De acordo  com os dados do National Trauma Data Bank, principal órgão de registros de trauma  nos Estado Unidos, cerca de 40% das vítimas de contusão abdominal apresenta  lesão hepática, destes 13% apresentam lesões graves. As lesões penetrantes  abdominais acometem frequentemente o fígado e a mortalidade chega a atingir  20%, de acordo com o ATLS. A indicação de laparotomia não depende  exclusivamente do grau de lesão hepática, mas sim pelo quadro hemodinâmico,  presença de peritonite e necessidade de hemoderivados. Geralmente as lesões  graus I, II e III não necessitam de procedimento cirúrgico, porém não são critérios  absolutos de indicação ou não de laparotomia. Em traumas abdominais abertos é  sempre indicado laparotomia exploradora. As indicações para o tratamento  conservador no trauma abdominal contuso com lesão hepática são ausência de  peritonite com estabilidade hemodinâmica. Pacientes com lesões graus IV e V com  esses critérios necessitam de repouso e acompanhamento de sinais vitais e exames  laboratoriais, analisando necessidade de hemoderivados durante a internação, nova  tomografia computadorizada (TC) de abdome ou piora do quadro gerando  necessidade de laparotomia em segundo momento. Em geral esses pacientes  devem ficar os primeiros dois dias em unidade de terapia intensiva (UTI) com  monitorização constante. Se a TC mostrar contrast blush deve-se realizar  embolização angiográfica. As indicações de laparotomia nos traumas abdominais  fechados são instabilidade hemodinâmica ou sinais de peritonite. O reparo cirúrgico  pode ser feito através de rafia simples do parênquima, utilização de clipes para  hemostasia, tamponamento com compressas, ligadura vascular, hepatectomia e  cirurgia para controle do dano (Damage control). 

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Marinho, J. D. O., & Guidoreni, C. G. (2016). Abordagem Cirúrgica De Emergência No Trauma Hepático. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.520.3.2016

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