A percepção dos alunos de Medicina sobre ambientes de realidade simulada: Pacientes Virtuais

Autores

  • V. A. Silvestre Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. S. Gomes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. T. Santos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. Y. Utagawa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.441.4.2017

Palavras-chave:

Educação Médica, Pacientes Virtuais, Simulação por Computador

Resumo

A imposição de uma realidade cada vez mais tecnológica torna inevitável repensar o ensino, buscando a inclusão de novos recursos na formação dos alunos. A utilização dos Pacientes Virtuais (PV) – ferramentas interativas desenvolvidas em computador que simulam situações clínicas em ambiente virtual – é uma alternativa para promover um contato mais direto dos alunos de Medicina com situações algumas vezes dificilmente vivenciadas durante o curso de graduação. O objetivo desta pesquisa é avaliar a percepção dos alunos do 1º ao 8º módulo do curso de Medicina do UniFOA, quanto à utilização dos PVs como ferramenta de aprendizagem e aperfeiçoamento da prática médica. A pesquisa foi realizada em duas etapas consecutivas, no mesmo dia e local, sendo cada módulo avaliado separadamente. Primeiro, os alunos acessavam a página do caso clínico e o resolviam (Electronic virtual patientseVip). Em seguida, eram direcionados à página do questionário no Google Docs, onde o respondiam e finalizavam a tarefa. O questionário preservou a identidade dos alunos e foi estruturado em escala tipo Likert de 5 pontos para 10 afirmativas. Para análise dos dados obtidos foi calculado o Ranking Médio (RM), utilizando-se o método proposto por Malhotra (2001). Participaram 91 alunos, sendo 53F:38M, com a idade variando de 17 a 39 anos. Apenas 6,6% declararam conhecer PV. Em relação ao idioma, 18,7% dos alunos tiveram dificuldade de compreensão devido a língua inglesa. Quanto ao tempo para resolução do caso proposto, 58,2% dos alunos precisaram de 6 a 10 minutos. Para avaliar a percepção dos alunos sobre o PV, foi analisado o grau de interatividade de um PV, em que 58,2% dos alunos consideraram a plataforma com alto grau de interatividade e 37,4% com médio grau de interatividade. A simulação auxiliou no desenvolvimento de um raciocínio clínico correto pelo discente, tendo sido, em todos os períodos, considerado concordante. Os alunos também conseguiram reconhecer, no caso clínico, os dados da anamnese e do exame físico; estabeleceram hipótese diagnóstica e plano terapêutico para a doença e solicitaram exames complementares. Reconheceram a utilidade do PV para a aplicação dos conhecimentos aprendidos em sala de aula. Além disso, apesar de ser um ambiente virtual, verificou-se que o PV também contribuiu para demonstrar a relação médico-paciente para o sucesso do tratamento. Não houve diferença significativa das respostas entre o início da formação do discente com os anos subsequentes. Conclui-se, portanto, que os alunos reconheceram a utilidade da ferramenta em todos os anos dos períodos estudados, podendo contribuir para a formação do estudante de Medicina desde o início da vida acadêmica.

Referências

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Publicado

24-05-2017

Como Citar

Silvestre, V. A., Gomes, L. S., Barroso, C. R. D., Santos, R. T., & Utagawa, C. Y. (2017). A percepção dos alunos de Medicina sobre ambientes de realidade simulada: Pacientes Virtuais. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 4. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.441.4.2017

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