Estudo epidemiológico dos pacientes pediátricos com Insuficiência Cardíaca no Rio de Janeiro comparado ao Brasil em dez anos no SUS

Autores

  • B. A. Miranda Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • A. V. Coelho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. M. D. Pereira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • T. A. E. Lourenço Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • D. G. Santana Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. O. R. Neto Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.220.6.2019

Palavras-chave:

Insuficiência Cardíaca na infância, epidemiologia na insuficiência cardíaca pediátrica

Resumo

Na infância os acometimentos cardíacos correspondem grandes morbidades, que podem ser adquiridas e infecciosas, tendendo à evolução aguda, e as congênitas, que tendem à cronicidade e evoluem pra insuficiência cardíaca (IC). Pela alta mortalidade e complicações, o prognóstico é desfavorável, sendo necessário diagnóstico precoce (se congênito, ideal no pré-natal) para tratamento e profilaxia de complicações. Objetivo e Métodos: Reconhecer os índices de IC na infância no Rio de Janeiro (RJ) comparado ao restante do Brasil (BR) em dez anos. Estudo transversal epidemiológico com dados coletados no DATASUS, através do SIH e SIM, no período de 2009 a 2018, com as variantes: região, sexo, idade e cor. Resultados: Na faixa etária pediátrica (< que 1 ano até 19 anos) notificou-se 40.256 internações por IC no BR entre 2009 e 2018. A idade que mais internou foram os menores de 01 ano (12.568), respectivamente seguida dos entre 15 e 19 anos (8.410), 01 e 4 anos (8.059), 10 e 14 (5.491), e entre 5 e 9 (4.728). O Nordeste foi o que mais internou (13.335), seguido do Sudeste (10.954), Sul (7.360), Norte (4.597) e Centro-Oeste (3.973). A maioria (51,07%) eram do sexo masculino e 49,03% feminino. No Sudeste, os estados com mais internações foram: São Paulo (5.061), Minas Gerais (4.056), RJ (1.271), e Espirito Santo (606). As urgências representaram 91,3% no Sudeste, e 69,7% no RJ, com média de média de internação de 9,9 dias no Sudeste, e 9 no RJ.A taxa de mortalidade no BR foi de 7,46%, Sudeste 8,4%, e no RJ 11,09%, com prevalência no sexo masculino 8,48%, e 8,19% feminino. Ainda, estima-se que R$36 milhões foram gastos com IC no Sudeste, com R$1.924.287,83 destinados ao RJ. Quanto à cor e raça, 27,3% eram pardos, 24,5% brancos 9,9% negros, 0,02 índios, 0,23% amarelos e 38% sem cadastro. Os anos de mais internações no RJ foram 2009 (208) e 2011 (185), e com menos 2015 (70) e 2018 (70). Os municípios do RJ com mais internações são, respectivamente, a capital (630), Paracambi (58), Duque de Caxias (53), Campos dos Goytacazes (36), Búzios (25) e Volta Redonda (17). Conclusão: O alto número de internações pediátricas por IC reflete a importância do estudo epidemiológico, entretanto, reconhece-se que a plataforma contem limitações quanto à especificidade de causas e origem de IC. Totalizou-se mais de 40 mil internações no país nos últimos dez anos, com gastos em torno de R$36 milhões. O Sudeste é o segundo no país em internações, e o RJ é o terceiro em internações e o primeiro em mortalidade na região. Desse modo, avaliar o perfil desses pacientes é imprescindível para nortear o manejo adequado da comorbidade, e auxiliar definição estratégica de redução desses índices.

Referências

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Publicado

24-04-2023

Como Citar

Miranda, B. A., Coelho, A. V., Pereira, L. M. D., Lourenço, T. A. E., Santana, D. G., & Neto, J. O. R. (2023). Estudo epidemiológico dos pacientes pediátricos com Insuficiência Cardíaca no Rio de Janeiro comparado ao Brasil em dez anos no SUS. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 6. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.220.6.2019

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