Obesidade infantil

análise epidemiológica do Brasil em cinco anos no SUS

Autores

  • B. A. Miranda Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • G. C. Souza Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • Y. S. Chan Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M.A.F. Vieira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.241.6.2019

Palavras-chave:

Obesidade infantil, DATASUS

Resumo

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a prevalência de obesidade infantil tem crescido em torno de 10 a 40% em países desenvolvidos nos últimos 10 anos. Na infância, o manejo da doença é desafiador pois está relacionado a mudanças de hábitos e disponibilidade dos pais, além de uma falta de entendimento da criança quanto aos danos da obesidade. Ainda, alterações genéticas, hormonais e metabólicas podem estar envolvidas na etiologia da doença. As principais diretrizes consideram a obesidade é um fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV), diabetes, hipertensão e dislipidemia. Objetivos: Caracterizar o perfil dos pacientes pediátricos com obesidade no Brasil nos últimos cinco anos. Métodos: Estudo transversal epidemiológico no DATASUS sobre obesidade infantil no período entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2019, na faixa etária pediátrica de menores de um ano aos 19 anos, através do filtro CID 10 E66. Resultados: Em cinco anos no Brasil foram registradas 642 internações por obesidade na população pediátrica. 72,15% foram do sexo feminino e 27,85% masculino. O Sul foi a região que mais internou com 64,7%, seguido do Sudeste 27,8%, Nordeste 5,5%, e Norte e Centro-Oeste empatados com 0,94%. Os anos com mais cirurgias foram: 2017 (149), 2018 (147), 2016 (133), 2015 (104), 2014 (77) e 2019 até agora somou 22. Destinou-se R$2.524.457,00 aos serviços hospitalares, sendo R$1.807.617,10 destinados ao Sul, R$570.332,22 ao Sudeste, R$ 114.467,59 ao Nordeste e R$35.040,11 ao CO e Norte. Quanto à cor e raça, a maioria foi branca com 69,62%, 17,5% pardos, 3% negros, 0,79% amarelos, e 9,01% não tinham registro. Do total, 574 foram internações de caráter eletivo, e 58 urgências. A média de dias de internação é de 3,3 dias, com 5,4 de média quando urgências e 3,1 quando eletivos. As faixas etárias entre 15 e 19 dominaram o número de internações com 605 do total (95,7%), entre 10 e 14 anos foram 13 internações (2,05%), entre 5 a 9 anos, 7 (1,1%), menores de 1 ano, 4 (0,66%) e entre 1 e 4 anos, 3 (0,47%). A taxa de mortalidade foi de 0,32%, havendo notificações apenas da região Nordeste e Sudeste, com 2,86% e 0,57% respectivamente. O sexo masculino teve a maior taxa de mortalidade com 0,57% e 0,22% feminino. Conclusão: Mudanças no perfil epidemiológico e socioeconômico juntamente às tendências de industrialização alimentar e de sedentarismo que têm avançado nas últimas décadas, favorecendo o cenário de consolidação da obesidade. Por ser um fator de risco para outras doenças, torna-se necessário controle desta morbidade para profilaxia e promoção de saúde, facilitado pelo rastreio epidemiológico.

Referências

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Publicado

24-04-2023

Como Citar

Miranda, B. A., Souza, G. C., Chan, Y. S., & Vieira, M. (2023). Obesidade infantil: análise epidemiológica do Brasil em cinco anos no SUS . Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 6. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.241.6.2019

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