A relação entre a suplementação de Ômega-3 e o transtorno depressivo em crianças e adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.47385/tudoeciencia.173.2022Palavras-chave:
Ácidos Graxos Ômega-3, Depressão, Criança, AdolescenteResumo
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um transtorno de humor caracterizado pela tristeza intensa de longa duração. Estima-se que parte significativa da população mundial de todas as idades sofrem desse transtorno, o que implica maior relevância sobre o assunto. O presente trabalho objetivou analisar a suplementação do Ômega-3 no tratamento de TDM em crianças e adolescentes. Foi realizada uma revisão de literatura a partir de uma busca de dados primários nos bancos de dados PuBMED e Scielo, utilizando-se dos descritores do Mesh Terms “Omega-3 fatty acids” AND depression”. Os filtros elegidos foram “Clinical trial” e “Randomized controlled Trial”, dos últimos 5 anos (2022-2017). Foram encontrados 40 artigos apenas no PuBMED, sendo que 14 foram selecionados. Os critérios de inclusão foram artigos que continham dados sobre a relação de adolescente e crianças com a suplementação de ômega 3 e depressão e excluímos artigos que não continham essa associação ou abordavam em adultos, gestantes, puérperas e idosos. Nos últimos anos tem sido discutida a relação entre a ingestão de óleo de peixe rico em ômega 3 e ácidos graxos polissaturados o transtorno depressivo maior (TDM), em virtude de comprovações científicas de que tal ácido graxo atua em benefício de atividades da serotonina, dopamina e noradrenalina. Contudo, a maioria dos estudos mostra que a monoterapia com suplementação de ômega-3 ainda não seria suficiente para a melhora de transtornos depressivos maiores ou a prevenção de sintomas. Mesmo assim, foram encontrados resultados positivos na suplementação de ômega-3 como coadjuvante em tratamentos antidepressivos, associados com medicamentos e psicoterapia. Se mostra necessário então a realização de mais estudos na área para compreender tal fisiopatologia e como utilizar a terapia com ômega-3 evidenciando os diferentes subtipos do transtorno depressivo e individualizando cada tratamento.
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