Os benefícios e os malefícios do uso do PSA no rastreamento de câncer de Próstata
DOI:
https://doi.org/10.47385/tudoeciencia.949.2023Palavras-chave:
Neoplasias da próstata, Antígeno prostático específico, Programas de rastreamentoResumo
Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de próstata é o mais comum entre os homens no Brasil. Esse câncer sofreu um aumento em sua incidência na perspectiva mundial devido ao envelhecimento populacional e ao sobrediagnóstico, por conta da disseminação do rastreamento pelo Antígeno Prostático Específico (PSA). O objetivo do trabalho é analisar criticamente os benefícios e os malefícios do método de rastreio do câncer de próstata através do exame PSA. A metodologia utilizada apresenta análises de dois ensaios clínicos de rastreamento de câncer de próstata em larga escala que utilizaram o PSA: o “Prostate, Lung, Colorectal, and Ovarian (PLCO) Cancer Screening Trial”, realizado nos Estados Unidos, e o “The European Randomized study of Screening for Prostate Cancer (ERSPC)”, feito na Europa. Além disso, foram avaliados artigos provenientes do The New England Journal of Medicine, UpToDate e Instituto Nacional do Câncer. Foi observado que o estudo PLCO demostrou que não há redução na taxa de mortalidade com o uso do PSA, já o ERSPC defende o método de rastreio e mostra diminuição nessa taxa. É possível inferir que os principais malefícios do uso do PSA são o sobrediagnóstico e o falso-positivo. Dentre os benefícios, destaca-se o baixo risco de câncer de próstata em pacientes entre 55 e 59 anos com PSA menor que 1 ng/ml. Após análise dos dados expostos pelos artigos, foi constatado que o PSA traz mais malefícios do que benefícios, no contexto de pacientes assintomáticos que procuram apenas por rastreamento.
Downloads
Referências
BRASIL. Instituto Nacional do Câncer – INCA. Câncer de próstata. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2023. Disponível em: <https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/prostata>. Acesso em: 25 ago. 2023
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer - INCA. Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2023-incidencia-de-cancer-no-brasil>. Acesso em: 21 ago. 2023
HUGOSSON, Jonas; ROOBOL, Monique J.; MÅNSSON, Marianne; et al. A 16-yr Follow-up of the European Randomized study of Screening for Prostate Cancer. European urology, v. 76, n. 1, p. 43–51, 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.eururo.2019.02.009. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30824296/>. Acesso em: 19 ago. 2023.
FREEDLAND, Stephen. Measurement of prostate-specific antigen. UpToDate. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/measurement-of-prostate-specific-antigen?search=psa&source=search_result&selectedTitle=1~150&usage_type=default&display_rank=1#H1>. Acesso em: 21 ago. 2023.
PINSKY, Paul F.; PARNES, Howard. Screening for prostate cancer. The New England journal of medicine, v. 388, n. 15, p. 1405–1414, 2023. DOI: http://dx.doi.org/10.1056/nejmcp2209151. Disponível em: <https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMcp2209151>. Acesso em: 19 ago. 2023
PINSKY, Paul F.; PROROK, Philip C.; YU, Kelly; et al. Extended mortality results for prostate cancer screening in the PLCO trial with median follow‐up of 15 years. Cancer, v. 123, n. 4, p. 592–599, 2017. DOI: http://dx.doi.org/10.1002/cncr.30474. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27911486/>. Acesso em: 19 ago. 2023.
PRESTON, Mark A. Screening for prostate cancer. UpToDate. Disponível em: <https://www.uptodate.com/contents/screening-for-prostate-cancer?search=psa&source=search_result&selectedTitle=2~150&usage_type=default&display_rank=2#H25>.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Congresso Brasileiro de Ciências e Saberes Multidisciplinares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.