Uso da Rasagilina na terapêutica da Doença de Parkinson

Autores

  • L. S. Gomes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • C. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • V. A. Silvestre Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • R. C. C. Freitas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.623.3.2016

Palavras-chave:

Doença de Parkinson, rasagilina, neuroproteção

Resumo

A Doença de Parkinson (DP) é uma doença progressiva, neurodegenerativa, caracterizada por um tremor de nível máximo em repouso, retropulsão, rigidez, postura curvada e lentidão de movimentos voluntários. As características patológicas incluem a perda de neurônios contendo melanina na substância nigra e outros núcleos pigmentados do tronco cerebral. A rasagilina (Azilect®, N-propargil-1-(R)- aminoindano) é um potente inibidor seletivo e irreversível da MAO-B, aprovado pela FDA em maio de 2006, como monoterapia em estágios iniciais da DP e como coadjuvante da L-dopa em estágios mais avançados. A inibição irreversível e seletiva da MAO-B permite a prevenção da degradação da dopamina, reduzindo assim as flutuações motoras e exibindo maior eficácia em relação à terapia baseada em agonistas dopaminérgicos. Este fármaco exerce um efeito multifuncional, atuando sobre inúmeros mecanismos implicados na morte celular característica das doenças neurodegenerativas. Estudos recentes indicam o potencial efeito neuroprotetor do seu principal metabolito, 1-(R)- sugerindo que pode contribuir para o perfil farmacológico benéfico da rasagilina. Dentre esses estudos, dois têm um maior destaque: TEMPO e LARGO. Estes são sucessores de muitos ensaios préclínicos que demonstraram efeito protetor tanto in vitro, quanto in vivo, contra uma larga gama de neurotoxinas. Trabalhos de relação estrutura-atividade demostraram que o radical propargilo é essencial para a neuroproteção. Também foi provado que o isômero S da rasagilina apresenta efeito neuroprotetor, no entanto não inibe, ou inibe debilmente a MAO, o que indica que a atividade inibitória sobre esta enzima não é um requisito para o efeito anti-apoptótico. Assim, é possível concluir que a propargilamina apresenta atividade neuroprotetora independente da inibição da MAO. Os atuais focos terapêuticos sugerem que os fármacos que atuam num único alvo podem ser insuficientes para o tratamento das doenças neurodegenerativas multifatoriais caracterizadas pela existência de múltiplas etiopatologias (stress oxidativo e formação de espécies reativas de oxigênio, disfunção mitocondrial, inflamação, acumulação de metais nos locais da neurodegeneração) como a DP, a Doença de Alzheimer, a doença de Huntington e Esclerose Lateral Amiotrófica.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Gomes, L. S., Barroso, C. D., Silvestre, V. A., & Freitas, R. C. C. (2016). Uso da Rasagilina na terapêutica da Doença de Parkinson. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.623.3.2016

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