Esteatohepatite não alcóolica

aspectos biopsicossociais

Autores

  • M. H. A. Vasconcelos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. L. P. Diniz Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. O. Nogueira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. C. C. Freitas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.493.3.2016

Palavras-chave:

EHNA, biopsicossocial, síndrome metabólica

Resumo

Segundo a Organização Mundial de Gastroenterologia (2012), a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é uma doença caracterizada por acúmulo excessivo de gordura em forma de triglicérides (esteatose) no fígado (histologicamente acima de 5% dos hepatócitos). Os pacientes com DHGNA que apresentam dano e inflamação dos hepatócitos, além do excesso de gordura, são caracterizados como portadores de esteatohepatite. Essa condição é chamada de esteatohepatite não alcoólica (EHNA) e é histologicamente indistinguível da esteatohepatite alcoólica (EHA). Ao contrário da esteatose simples observada na DHGNA, a progressão para EHNA aumenta drasticamente o risco de cirrose, insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular, aumentando a morbidade e mortalidade em curto prazo desses. A importância clínica das doenças hepáticas cresceu nos anos recentes, principalmente em consequência da epidemia de obesidade, hábitos sedentários, e dieta de alto índice calórico adotada pela população dos países ocidentais, que reflete o aumento de doenças cardiovasculares e síndromes metabólicas. DHGNA é a expressão hepática da síndrome metabólica cujos mais importantes fatores de risco associados são obesidade abdominal, resistência à insulina, diabetes e dislipdemia. Em 2008, ao menos 1,46 bilhões de adultos estavam com sobrepeso ou obesos. Os números continuam a crescer, indicando que a DHGNA e EHNA serão patologias mais comuns conforme esses números aumentam, em países ricos e pobres, afetando o peso das doenças hepáticas no mundo e os custos da saúde pública e privada. Ademais, Carvalho e Martins (2012) explana um estudo que corrobora que existem relações estreitas entre fatores sociais, psicossociais e de antecedentes familiares de diabetes, hipertensão e doença cardíaca com a síndrome metabólica. Sugere ainda que a pobreza é fator de risco para a Síndrome Metabólica, apontado pela associação direta e significativa dessa morbidade com a escolaridade, nível socioeconómico e local de residência. Outros dados demonstram relações com a desigualdade social, isolamento social, sedentarismo, alcoolismo, tabagismo, tensão psicossocial e padrões dietéticos. Destarte, o presente trabalho tem por objetivo realizar uma revisão de literatura, buscando definir a esteatohepatite não alcoólica, sua fisiopatologia e os principais fatores de risco envolvidos, discutindo suas formas evolutivas, os métodos diagnósticos atualmente disponíveis e a relação da doença com fatores psicossocias de forma crítica e reflexiva.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Vasconcelos, M. H. A., Diniz, L. L. P., Nogueira, J. O., & Freitas, R. C. C. (2016). Esteatohepatite não alcóolica: aspectos biopsicossociais. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.493.3.2016

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