Acolhimento no primeiro módulo do curso de medicina

relato de experiência de um ingressante

Autores

  • B. T. G. Amorim Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. G. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • S. C. M. Garcia Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. C. Guedes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • S. M. M. Peloggia Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • T. R. Guedes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • V. A. Silvestre Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • G. H. N. Souza Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.492.3.2016

Palavras-chave:

acolhimento, adaptação, ensino modular, integração

Resumo

Ao ingressar no ensino superior, principalmente no curso de medicina UniFOA, os acadêmicos necessitam adequar-se ao novo sistema educacional modular, visto estarem ambientados ao sistema curricular disciplinar aplicado em instituições escolares e cursos pré-vestibulares. Somam-se ainda as dificuldades de cunho social, em relação à distância dos familiares, dificuldade para a acepção dos novos conhecimentos, ao contexto abrangente do ensino superior, além da necessidade de adaptação aos modelos avaliativos. Em instituições nas quais são utilizados os currículos modulares integrados, a adaptação torna-se mais complicada, uma vez que perde-se o referencial disciplinar, e vivencia-se o novo contexto, com aulas de um mesmo assunto ou tema semanal sendo abordado em diversas frentes, o que possibilita uma compreensão ampla e integrada por parte dos alunos. Foi percebido um primeiro contato relativamente restrito em relação aos ingressantes e alunos mais avançados, havendo certa limitação de tal contato pela própria instituição, uma vez tentando evitar possíveis "trotes", também tradicionais em outras instituições e cursos. Ademais, vivenciou-se o distanciamento naturalmente imposto pelos alunos veteranos. A falta de acolhimento refletiu-se no desempenho acadêmico e no isolamento social, agravado pela distância familiar. Frente a esse cenário, muitos alunos passaram a sentir-se melhor acolhidos por funcionários, não necessariamente docentes, sendo que por estes, o acolhimento ocorreu mais fora do ambiente de sala de aula. Por parte dos funcionários, vivenciaram o interesse em saber sobre locais de origem, questionamento sobre o bem-estar, saúde e desempenho acadêmico. Já os professores mostraram-se acolhedores ao permitirem o diálogo não didático, permeando a amizade, muitos até amenizando a distância da família. Além dos funcionários, houve boa recepção por parte do Projeto de Extensão, Trabalho de Acadêmico para Acadêmico (TAPA). O TAPA apresentou-se acolhedor devido ao comportamento descontraído, abordando conteúdos programáticos, e ao mesmo tempo, sensibilizando quanto aos métodos utilizados pela instituição e permitindo a quebra do distanciamento com os alunos mais avançados. Ao superar o obstáculo do primeiro módulo, os anteriormente “calouros” percebem a dificuldade do processo do acolher quando passam de acolhidos para acolhedores. Diante do exposto, há a necessidade da elaboração de métodos inclusivos para os ingressantes, que não envolvam apenas os docentes, e outros funcionários, mas também os discentes, conhecidos como “veteranos”, de modo que possa garantir um bem estar social e acadêmico de ambas as partes.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Amorim, B. T. G., Fonseca, M. G., Garcia, S. C. M., Guedes, J. C., Peloggia, S. M. M., Guedes, T. R., Silvestre, V. A., & Souza, G. H. N. (2016). Acolhimento no primeiro módulo do curso de medicina: relato de experiência de um ingressante. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.492.3.2016

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