Adenocarcinoma de Reto Distal-Resposta Patológica Completa à Radioterapia e Quimioterapia Neoadjuvante

Relato de Caso

Autores

  • E. C. Jesus Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • P. B. Rocha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. G. Lima Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. D. Nowak Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • V. P. S. Porto Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. C. J. Araújo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • D. C. J. Araújo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • N. C. J. Brum Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.521.3.2016

Palavras-chave:

neoplasia retal, obstrução intestinal, terapia neoadjuvante, adenocarcinoma retal distal

Resumo

Introdução: É indiscutível o interesse com que a comunidade científica tem  atualmente acolhido a estratégia do tratamento do adenocarcinoma retal distal sem  intervenção cirúrgica, após radioquimioterapia neoadjuvante (RQ) para os tumores  do terço inferior. Como mais um argumento favorável ao tratamento neoajuvante que  permite a regressão ou resposta clínica completa, a que se refere esse artigo. A  questão central é saber quais doentes poderão ser colocados em uma opção não  cirúrgica "watch & wait". Objetivo: Relatar a eficácia da radioterapia e quimioterapia  neoadjuvante em um caso de adenocarcinoma retal distal. Método: S.M., 56 anos,  feminino, sem comorbidades prévias ou história de tabagismo. Iniciou proctalgia e  hematoquesia acerca de 3 meses, piora nas utimas semanas, constipada e referindo  tumoração em região anal. Colonoscopia: cólon normal. Lesão vegetante polipoide,  se inicia em reto inferior, invade canal anal e se projeta para fora do ânus. RNM  abdômen/pelve: volumosa lesão infiltrante e estenosante comprometendo todo o  canal anal e reto com extensão á superfície externas do ânus e sinais de invasão  linfo-vascular perirretal. Indicado tratamento em três tempos. Realizada  sigmoidostomia em alça devido suboclusão intestinal, posteriormente RT e QT  neoadjuvante. Após 5 meses, foi reencaminhada pelo oncologista após RT e QT.  RNM pós-neoadjuvância: redução dos linfonodos e do espessamento parede retal.  No terceiro momento, foi realizada amputação abdomino-perineal do reto.  Resultados: Histopatológico: T0 N0 MX. 6 linfonodos, nenhum comprometido.  Reencaminhado à oncologia. Houve remissão patológica completa após radioterapia  (RT) e quimioterapia (QT). Após 5 anos da cirurgia, a paciente apresenta-se  assintomática. Conclusão: O câncer do reto distal ainda é assunto bastante  controverso, especialmente no que se refere ao estadiamento locorregional e  opções terapêuticas. Será aceitável que em doente com resposta clínica completa,  poderia ser prolongado o tempo de espera e reobservação até às 12 semanas  anteriores a decisão de cirurgia radical? Estamos preparados para oferecer  tratamento personalizado de acordo com a resposta a neoadjuvância? Serão  necessários estudos prospectivos e randomizados que venham a esclarecer qual é a  opção que poderá conduzir a melhores resultados oncológicos. 

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Jesus, E. C., Rocha, P. B., Lima, M. G., Nowak, L. D., Porto, V. P. S., Araújo, R. C. J., Araújo, D. C. J., & Brum, N. C. J. (2016). Adenocarcinoma de Reto Distal-Resposta Patológica Completa à Radioterapia e Quimioterapia Neoadjuvante: Relato de Caso. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.521.3.2016

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