Surto de febre amarela no Sudeste

análise do número de internação e taxa de mortalidade nos últimos 10 anos

Autores

  • L. S. P. Faria Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • I. C. V. Loraschi Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • E. C. S. V. Marques Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. M. Lopes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. S. P. Faria Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. B. S. Tavares Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • E. B. P. Maciel Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • W. L. M. S. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.335.5.2018

Palavras-chave:

Febre Amarela, Sudeste, Brasil

Resumo

De acordo com a organização não governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) e a OMS, a febre amarela (FA) é caracterizada como uma das 17 doenças negligenciadas globalmente. Regiões brasileiras, antes asseguradas como livres do contágio, principalmente o Sudeste, tiveram um grande surto entre o final de 2016 e os primeiros meses de 2017. Esses casos evidenciam que a letalidade por febre amarela tem crescido no Brasil e mesmo em áreas do país que registraram casos de óbitos pela doença, o investimento tem sido insuficiente na vigilância epidemiológica. Esse trabalho se propõe analisar o número de internações e a taxa de mortalidade da FA no Brasil entre o ano de 2008 a fevereiro de 2018, comparando com a região Sudeste. Justifica-se pelo surto de casos que vem ocorrendo desde o final de 2016 e sua letalidade para as populações expostas a essa epidemia. Estudo transversal, descritivo e retrospectivo construído através de dados obtidos na plataforma DATASUS. Foram utilizadas as variáveis: região, ano de processamento, taxa de mortalidade e internações. Desde janeiro de 2008 até fevereiro de 2018 ocorreram 1.478 casos de febre amarela, sendo 1.269 (85,85%) somente na região sudeste, no qual 714 casos foram em 2017 e 484 no período de janeiro e fevereiro de 2018. A região Sudeste apresenta a maior taxa de mortalidade, que é 16,31, contabilizando 207 óbitos, sendo destes 120 no ano de 2017 e 81 em 2018. O Brasil, atualmente, vive um dos maiores surtos de FA de transmissão silvestre da sua história, com maior ocorrência em estados da região Sudeste, principalmente Minas Gerais e Espírito Santo, mas também no Rio de Janeiro e em São Paulo. Cientistas compartilham 3 teorias do porquê do surto de FA, são elas: 1) o vírus fora trazido da Amazônia para a Mata Atlântica por um individuo infectado; 2) os mosquitos silvestres que transmitem a FA teriam se deslocado  do Norte do país para o Sudeste aos poucos, voando ao longo de rios e corredores de mata; 3) rompimento da barragem de Mariana contribuiu para a disseminação. Antes da ocorrência desse surto de FA, a região Sudeste era assegurada como livre do contágio e, por essa razão, encontrava-se fora da área de vigilância epidemiológica, outro fator que contribui para a disseminação da doença sem a suspeição dos agentes de saúde e pacientes. Conclui-se que o surto de FA tem ocorrido na região Sudeste, principalmente em Minas Gerais e Espirito Santo e tem causado preocupação para os moradores dessas áreas. As autoridades sanitárias devem ter um melhor controle dos vetores e políticas mais eficazes de saúde, oferecendo vacinação para a população alvo.

Referências

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Publicado

03-05-2023

Como Citar

Faria, L. S. P., Loraschi, I. C. V., Marques, E. C. S. V., Lopes, L. M., Faria, C. S. P., Tavares, L. B. S., Maciel, E. B. P., & Fonseca, W. L. M. S. (2023). Surto de febre amarela no Sudeste: análise do número de internação e taxa de mortalidade nos últimos 10 anos. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 5. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.335.5.2018

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