“Oi, eu sou a Lu"

ascensão e penetração dos avatares como influenciadores digitais - o caso Lu, da Magalu

Resumo

Uma das estratégias mais populares relacionadas à esfera digital na atualidade é o marketing de influência, A evolução dos canais digitais trouxe consigo mudanças drásticas na estratégia de trabalhar um produto, com usuários mais informados e conectados e que agora não se permitem ser vistos apenas consumidores, mas também produtores de conteúdo. Não basta apenas que as marcas estejam presentes nas redes sociais. Entregar um conteúdo que vá além da publicidade tradicional passou a ser essencial para alcançar o público. O modelo de comunicação que vai da marca para o cliente evoluiu e a ele incorporou-se um intermediário, alguém que fale sobre o produto, empresa ou serviço, de modo a demonstrar algo diferenciado. Neste novo marketing, sobressaem-se os chamados "influenciadores digitais", que são indivíduos com o poder de afetar o comportamento e decisões dos seus seguidores. Por isso, eles se tornaram boas estratégias de marketing para as empresas, e uma parceria muitas vezes interessante para os negócios. Na esteira de novos mercados e potenciais consumidores, grandes empresas apostam na parceria com influenciadores e, à medida que a tecnologia evolui novas estratégias surgem, como os avatares virtuais que atuam como influenciadores, como é o caso da Lu, um avatar da empresa Magazine Luíza e que recentemente conquistou o posto de influenciadora virtual com mais seguidores no mundo (EXAME, 2022). A justificativa da mudança na personagem - de garota-propaganda ativa em comerciais da empresa à "influencer digital" - foi a estratégia da empresa de gerar mais engajamento entre seus seguidores nas redes sociais. O objetivo desta pesquisa foi analisar como se mostra hoje o marketing de influência num tempo em que até influenciadores digitais são criados para convencer humanos. A metodologia recorreu à revisão bibliográfica sobre o tema ainda recente nos estudos acadêmicos e buscou analisar duas campanhas da Magazine Luíza nas quais o avatar digital teve presença estratégica como “influencer”. Os resultados, por ora, demonstram que, apesar de um ou outro percalço junto aos seguidores, o uso da influenciadora digital se mostrou, dentro dos interesses mercadológicos da empresa, positivo, o que pode denotar uma tendência de mercado dentro do marketing digital.