Avaliação da acuidade visual em escolares de uma escola pública de Volta Redonda-RJ

Autores

  • Felipe Augusto Vasconcelos Andrade Alvim Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Glenda Alves Pereira de Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Guilherme Rangel Ibrahim Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafael Souza Pinheiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Nasraui Calçada Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Tayná de Castro Cunha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Geraldo Assis Cardoso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.657.2.2015

Palavras-chave:

Oftalmologia pediátrica, acuidade visual, rendimento escolar

Resumo

Introdução: A visão é um sentido essencial para o aprendizado. A detecção precoce de problemas visuais é uma medida de assistência primária importante, já que os problemas oftalmológicos são a terceira causa mais frequente de problemas de saúde entre escolares, observando-se estreita relação entre os problemas visuais e o rendimento escolar. Porém, a maioria dos defeitos da visão pode ser corrigida se for diagnosticada e tratada a tempo e, por isso, reforça-se a importância do rastreamento e atenção primários quanto à saúde ocular pediátrica. Objetivo: Realizar uma triagem de problemas visuais, através do exame de acuidade visual (AV), em crianças entre 06 e 13 anos. Diante dos resultados, notificar os pais e o posto de saúde do bairro para mostrar a importância de uma avaliação com o oftalmologista, a fim de corrigir esse distúrbio, de forma a prevenir e tratar as complicações decorrentes dessa deficiência, principalmente envolvendo o aprendizado e rendimento escolar. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, quantitativo, buscando avaliar deficiências visuais em crianças e adolescentes entre 06 e 13 anos, em ambos os sexos, matriculados entre o primeiro e quinto ano do ensino fundamental, da escola municipal Paulo VI, do município de Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro. Resultados: Das 280 crianças avaliadas, verificou-se que 16% do total de escolares apresentaram baixa AV, havendo ligeiro predomínio de 9% no sexo feminino, contra 7% no sexo masculino. Do total de alunos, 5% faziam uso de lentes corretivas no momento do teste, e afirmaram usá-los diariamente. Constatou-se, ao fim do teste, que 50% dos escolares que faziam o uso de lentes corretivas apresentavam baixa acuidade visual, mesmo utilizando meios para tentar corrigir a visão. Verificou-se também que, do total de alunos que apresentavam baixa acuidade visual, apenas 31% usavam lentes corretivas, evidenciando que existe um número relativo de crianças que têm problemas visuais, mas ainda não utilizaram qualquer método para correção. Do total de alunos examinados, 29% deles possuíam um ou mais sintomas que podem estar relacionados a distúrbios visuais. Já a análise feita nos alunos com baixa acuidade visual, verificou-se que a maioria deles, cerca de 58%, apresentaram um ou mais sintomas associados. Discussão: Dentre todos os resultados obtidos, destacamos que 16% do total de estudantes apresentaram acuidade visual prejudicada e que, entre estes, cerca 80% apresentaram rendimento escolar satisfatório, em contraste com o percentual de rendimento escolar satisfatório verificado para os alunos com a acuidade visual dentro da normalidade (92%). Ou seja, é grande o número de alunos com baixo rendimento que apresentam baixa acuidade visual, mostrando que, provavelmente, há uma relação entre ambos. A avaliação da saúde ocular de crianças, por meio da acuidade visual, deveria fazer parte do exame pediátrico. A avaliação e a detecção de possíveis agravos oculares deve ser o mais precoce possível já que, quanto maior o atraso na determinação de problemas visuais, menores serão as chances de recuperação e correção do problema, além de contribuir para o déficit de aproveitamento escolar e de socialização e estar relacionado a alterações nos estados emocional e psicológico das crianças. Conclusão: A avaliação e a detecção de possíveis agravos oculares deve ser o mais precoce possível já que, quanto maior o atraso na determinação de problemas visuais, menores serão as chances de recuperação e correção do problema, além de contribuir para o déficit de aproveitamento escolar e de socialização e estar relacionado a alterações nos estados emocional e psicológico das crianças.. Portanto, deve ser incentivada a realização de campanhas para a detecção e prevenção de problemas visuais, permitindo, dessa forma, um melhor rastreamento quanto às alterações visuais na rede de escolas públicas.

Referências

ADAM, N. A., OECHSLER, R. A. Avaliação da acuidade visual de alunos do primeiro grau de uma escola municipal de Florianópolis. ACM Arq Catarin Med, 2003.

LOPES, C. L. R. et al. O trabalho da enfermagem na detecção de problemas visuais em crianças/adolescentes. Rev Eletrônica Enferm, 2003.

TOLEDO, C. C. et al. Detecção precoce de deficiência visual e sua relação com o rendimento escolar. Rev Assoc Med Bras (1992), 2010.

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Vasconcelos Andrade Alvim, F. A., Alves Pereira de Oliveira, G., Rangel Ibrahim, G., Souza Pinheiro, R., Nasraui Calçada, R., de Castro Cunha, T., & Assis Cardoso, G. (2015). Avaliação da acuidade visual em escolares de uma escola pública de Volta Redonda-RJ. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.657.2.2015

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