Artrite reumatóide inicial

diagnóstico e tratamento precoce

Autores

  • Yolanda Fernandes Malta Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Camila Leijoto Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Glenda Alves Pereira de Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Vieira Canettieri Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Vieira Canettieri Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaela Nasraui Calçada Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Camila Molina da Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.652.2.2015

Palavras-chave:

Artrite reumatóide inicial, artrite reumatóide, diagnóstico, tratamento

Resumo

Introdução: A Artrite Reumatóide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica, crônica, autoimune, caracterizada por poliartrite periférica, simétrica, de grandes e pequenas articulações, levando a erosões ósseas e da cartilagem, com deformidades permanentes. Há maior prevalência no sexo feminino numa relação mulher:homem de 2-3:1. Acomete todas as faixas etárias, sendo mais comum na quarta e sexta décadas de vida. A doença apresenta um expressivo impacto social, devido a sua elevada morbimortalidade, havendo uma diminuição da expectativa de vida em cinco a dez anos, quando há demora no diagnóstico e tratamento. Em 2010, foram propostos novos critérios de classificação de AR inicial (ACR/EULAR), visando à identificação dos pacientes com suspeita de AR antes que as erosões ósseas já estivessem instaladas. As manifestações clínicas são identificadas nas primeiras doze semanas de sintomas inflamatórios e devem ser suprimidas o mais rapidamente possível, de forma agressiva para evitar complicações futuras. Objetivo: Revisão bibliográfica sobre AR inicial, com posterior divulgação dos critérios diagnósticos entre os médicos que atuam na Policlínica Três Poços – UniFOA, com enfoque no diagnóstico e na avaliação inicial da doença. Metodologia: Levantamento bibliográfico, através do Pubmed, Scielo, Medline, Medstudent. Discussão: Pelo fato de os pacientes com AR tratados nas fases iniciais apresentarem uma melhor evolução, a necessidade de identificação precoce da doença tem sido muito enfatizada. Em 1987, foram criados os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (ACR), com a finalidade de classificação da doença. Porém, estudos comprovam que esses critérios têm suas limitações, não proporcionando bom desempenho na fase inicial da doença. Um grupo de trabalho conjunto do ACR e da Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR), com um novo enfoque de classificação para detecção precoce da doença, foi criado com um sistema com base em medidas utilizadas na prática clínica. As manifestações clínicas são divididas em quatro domínios: acometimento articular, sorologia, duração dos sintomas e provas de atividade inflamatória. Com essa nova abordagem, foi criado um novo sistema, dando maior evidência à sorologia e ao diagnóstico inicial para pacientes com algumas articulações, exibindo edema e dor, deixando de ser consideradas as alterações radiográficas clássicas, como as erosões ósseas e passando a ser incluídas as evidências de sinovite fornecidas pela ultrassonografia, na ausência de sinais e sintomas. Conclusão: A AR inicial é uma doença crônica importante que deve ser tratada o mais precoce e adequadamente possível, para evitar a evolução com inflamação persistente e dano articular progressivo. Um melhor prognóstico é alcançado com uma abordagem terapêutica mais agressiva. Os novos critérios de classificação da AR inicial devem ser amplamente divulgados, facilitando o seu uso na prática clínica.

Referências

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Fernandes Malta, Y., Leijoto, C., Alves Pereira de Oliveira, G., Vieira Canettieri, R., Vieira Canettieri, R., Nasraui Calçada, R., & Molina da Silva, C. (2015). Artrite reumatóide inicial: diagnóstico e tratamento precoce. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.652.2.2015

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