Aspectos da gravidez na adolescência em ambulatório de pré-natal de alto risco, em Volta Redonda – RJ

Autores

  • M. S. Carvalho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ.
  • W. C. Aguiar Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • T. A. Gomide Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. N. Tavares Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. S. Ferreira Prefeitura de Volta Redonda, RJ.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.530.3.2016

Palavras-chave:

gravidez na adolescência, atenção básica, pré-natal

Resumo

Na adolescência, uma das principais transições é a passagem à sexualidade com parceiro. A gravidez e a maternidade nesta fase rompem com uma trajetória tida como natural e emergem socialmente como problema e risco a serem evitados. Diferenças de atitudes masculinas e femininas entre os jovens são pontos reconhecidos, assim como a influência dos pais e dos profissionais de saúde na orientação para o sexo seguro. Cerca de 1,1 milhão de adolescentes engravidam todo ano no Brasil e as taxas variam de acordo com a região, sendo mais elevadas nos estados mais pobres. O objetivo deste trabalho é estabelecer o perfil das gestantes adolescentes, assistidas em pré-natal de alto risco, no município de Volta Redonda – RJ. Participaram dessa pesquisa adolescentes grávidas assistidas no pré-natal de alto risco, no município de Volta Redonda, RJ, no período entre setembro e novembro de 2015, que leram, concordaram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). As informações foram coletadas através de um questionário semi-estruturado contendo 16 perguntas a respeito da gestação, escolaridade e conhecimentos sobre métodos contraceptivos e doenças sexualmente transmissíveis. Foram avaliadas 36 gestantes com idade entre 12 e 17 anos de idade e idade gestacional entre sete e 38 semanas. Dessas, 94,44% estavam na primeira gestação, 80,55% referiram boa relação familiar e 66,67% relataram ter tido aulas sobre sexualidade e métodos contraceptivos na escola. Em relação à escolaridade, 52,77% estavam estudando (84,21% no ensino fundamental e 15,79% no ensino médio), enquanto 47,22% haviam interrompido os estudos. Nenhuma das gestantes possuía algum tipo de trabalho remunerado e apenas 8,33% referiram renda fixa (do parceiro), que variou entre um e dois salários mínimos. Quanto ao motivo da gestação, 58,33% disseram ter se esquecido de utilizar um método contraceptivo, 16,67% relataram falha do método contraceptivo, 13,89% pretendiam constituir família, 5,55% referiram falta de informação e 5,55% não responderam. Dos métodos contraceptivos citados, o anticoncepcional oral surgiu em 94,44% dos questionários, seguido da camisinha masculina (86,11%) e anticoncepcional injetável (55,55%). Constatamos que apesar de terem conhecimento, mais da metade das gestantes referiu ter esquecido de utilizar o método contraceptivo. Isso demonstra que a informação estava disponível assim como o acesso. Além disso, 47% das adolescentes abandonaram os estudos e nenhuma delas tinha trabalho renumerado, confirmando o prejuízo sócio econômico causado.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Carvalho, M. S., Aguiar, W. C., Gomide, T. A., Tavares, M. N., & Ferreira, R. S. (2016). Aspectos da gravidez na adolescência em ambulatório de pré-natal de alto risco, em Volta Redonda – RJ. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.530.3.2016

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