Panorama do Sarampo no Brasil
a globalização e as questões sanitárias
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.278.6.2019Palavras-chave:
Sarampo, Vacinação, EpidemiologiaResumo
INTRODUÇÃO: O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida por aerossóis ao falar, tossir ou espirrar, é extremamente contagiosa, mas pode ser prevenida pela vacina. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. Em 2016, o Brasil recebeu o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo. Atualmente, o país enfrenta dois surtos, em Roraima e Amazonas, mas já é visível o aumento do número de casos em outros estados do país. OBJETIVO: Avaliar a prevalência, caracterizar sintomas e identificar aspectos individuais e sociais relacionados à ocorrência dos surtos. METODOLOGIA: Coleta e análise de dados acerca da incidência de casos de sarampo pelo Ministério da Saúde e DATASUS, além de revisão de literatura usando as bases de dados Scielo, Pubmed e Google Acadêmico para a contextualização do presente trabalho. DISCUSSÃO: Devido ao reaparecimento de casos de sarampo após período de remissão, torna-se imprescindível retomar o estudo sobre o tema. Atualmente, segundo último boletim informativo publicado pelo Ministério da Saúde, além dos surtos de sarampo nos estados do Amazonas e Roraima, nove Unidades Federadas também confirmaram casos de sarampo, totalizando 10.302 casos confirmados no ano de 2018. Em relação à caracterização viral foi identificado o genótipo D8, idêntico ao que está circulando na Venezuela, em todos os estados com casos confirmados de sarampo, com exceção de dois casos: um caso do Rio Grande do Sul, que viajou para a Europa e importou o genótipo B3, e outro caso de São Paulo com genótipo D8, com história de viagem ao Líbano, sem qualquer relação com os surtos da Venezuela e Brasil. CONCLUSÃO: A crise política e econômica da Venezuela e, por consequência, a imigração de uma parcela de sua população para a região de fronteira com o Brasil, juntamente com o isolamento do vírus de genótipo D8 colaboram com a epidemiologia do surto brasileiro estar interligado com o surto venezuelano. Casos importados, apesar de raros, ocorrem pela globalização e facilidade de locomoção, sendo indispensável a vacinação.
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