O olhar humanizado ao idoso
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.576.3.2016Palavras-chave:
humanização, relação médico-paciente, abordagem ao idosoResumo
O envelhecimento é um processo natural, envolvendo alterações neurobiológicas, estruturais, funcionais e químicas. Também incidem sobre o organismo fatores ambientais e socioculturais, que estão intimamente ligados a um envelhecimento sadio ou patológico. Acompanhando a tendência mundial, o Brasil tem se tornado cada vez mais um país com um grande número de idosos, sendo a maior parte portadora de doenças crônicas e alguns com limitações funcionais, o que chama a atenção à precariedade de investimentos públicos para atendimento às necessidades especificas dessa população, somando-se à desinformação e ao desrespeito a esses cidadãos. Esse dado reflete a necessidade de incrementar os serviços hospitalares, de forma a proporcionar aos idosos, cuidados especiais, atenção e acolhimento, além de saber identificar medidas de apoio ao doente, família e equipe de saúde durante a doença, agonia e até na morte, por meio de medidas paliativas. Mesmo com o Estatuto do Idoso, estabelecido no artigo 2°, que garante os seus direitos fundamentais, o sistema de saúde brasileiro não considera o envelhecimento como uma de suas prioridades, sendo evidenciado na carência de profissionais qualificados com poucas modalidades assistenciais mais humanizadas e a escassez de recursos socioeducativos e de saúde direcionados à população idosa. Cabendo ao médico uma especial atenção a esses pacientes e uma participação ativa na sua qualidade de vida, com medidas de reabilitação voltadas a evitar a sua apartação do convívio familiar e social, fatores fundamentais para a manutenção do equilíbrio físico e mental. É fundamental que esses pacientes sejam cuidados como um ser dotado de sentimentos, desejos e aflições; que possui autonomia e uma história de vida agregada a valores, crenças e experiências. A comunicação eficiente é essencial, utilizando palavras de fácil compreensão, que crie um vínculo relacionado ao diálogo, à escuta e a atenção. Assim, sugere-se que, sob a influência do movimento de humanização, a integralidade assistencial possa ser desenvolvida, não apenas como superação de dicotomias técnicas entre preventivo e curativo, entre ações individuais e coletivas, mas como valorização e priorização da responsabilidade pela pessoa, do zelo e da dedicação profissional por alguém, mesmo no final de sua vida.
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