Sífilis Congênita

Autores

  • I. R. G. Faria Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • A. T. S. Osugui Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • A. S. Mendonça Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • B. B. Moura Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • I. R. G. Faria Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • J. C. G. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. G. T. Freitas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.264.6.2019

Palavras-chave:

Sífilis Congênita, Transmissão, Gestação, Tratamento, Crianças

Resumo

A sífilis congênita ainda ocupa um espaço importante entre os desfechos negativos durante a gestação e é também uma das causas básicas de óbito infantil. Para efeito de classificação, apresenta dois estágios: precoce, diagnosticada até dois anos de vida e tardia. É uma doença infecciosa, sistêmica e hematogênica, transmitida por via transplacentária, de progressão crônica e de âmbito mundial, causada pelo Treponema pallidum. Está presente em um contexto de causa perinatal evitável, pois é possível realizar o diagnóstico precoce, bem como o tratamento durante a gestação. Segundo dados do Ministério da Saúde, a transmissão vertical da sífilis é a que possui uma das maiores taxas durante o ciclo gravídico puerpural. A identificação e a qualidade da assistência à gestação e ao parto são fundamentais na redução da transmissão vertical, bem como importantes indicadores de saúde e atenção materna. Embora a sífilis seja uma doença conhecida há séculos, de tratamento eficaz e barato, é grande o número de gestantes que não estão sujeitas às ações propostas pelo Programa de Humanização do Pré-Natal e Nascimento em relação ao controle e prevenção da transmissão vertical. Apesar de não ser uma doença restrita às camadas sociais mais baixas, o cenário nacional demonstra significativa prevalência intimamente relacionada com fatores socioeconômicos e baixa escolaridade. Assim, o presente trabalho tem como objetivo identificar as vias transmissórias e investigar os desafios que dificultam a adesão ao tratamento. A transmissão transplacentária pode ocorrer em qualquer estágio da gestação e pode ser determinada pelo estágio clínico em que a mãe se encontra (primária, secundária, latente tardia e terciária), e pela duração da exposição no útero. Ainda, se houver lesões genitais maternas, há possibilidade de transmissão na hora do parto. Ainda, durante o aleitamento, o risco se dá somente se houver lesões mamárias. Entretanto, as chances de contágio, mediante tratamento, caem de 70 a 100% para 30% mesmo nas fases tardias de infecção. Em crianças infectadas a partir de mães não tratadas, ocorre aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em aproximadamente 40% dos indivíduos. Se a sífilis é adquirida na gravidez poderá haver infecção assintomática ou sintomática nos recém-nascidos. Essa qualidade da doença fez com que Carrara  (p. 46) dissesse  que "se a sífilis se propaga tão amplamente é em grande parte por ser invisível". Mais da metade das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, podendo apresentar os primeiros sintomas nos 3 meses de vida. Para ser evitada a descoberta tardia, é conduzida na maternidade a triagem sorológica.

Referências

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Publicado

24-04-2023

Como Citar

Faria, I. R. G., Osugui, A. T. S., Mendonça, A. S., Moura, B. B., Faria, I. R. G., Fonseca, J. C. G., & Freitas, M. G. T. (2023). Sífilis Congênita. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 6. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.264.6.2019

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