Transplante de órgão, tecidos e células

um panorama da região Sudeste em dez anos

Autores

  • M.C. Souza Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • W. L. M. S. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • A. S. Mendonça Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • D. S. R. Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • E. F. Alves Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • F. D. C. Cândido Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • P. C. A. Júnior Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. B. Leite Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.288.6.2019

Palavras-chave:

Transplantes

Resumo

O primeiro transplante de órgão humano foi registrado em 23 de dezembro de 1954, em Boston, nos Estados Unidos, um transplante de renal. No Brasil, o médico paulista, Euryclides de Jesus Zerbini, em 26 de maio de 1968, realizou o primeiro transplante cardíaco do país. Atualmente, dados do Ministério da Saúde mostram que no Brasil há cerca de 40 mil pessoas na fila de espera para doação de órgãos. De acordo com a ABTO, a taxa de recusa de doação de órgãos por parentes é de 43%. Desse modo, o presente trabalho visa apresentar a atual situação dos transplantes de órgãos, tecidos e células no Brasil, com enfoque na região Sudeste e assim, conscientizar sobre o assunto. Por meio de um estudo transversal epidemiológico com dados colhidos no DATASUS, através do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), no período de 2009 a 2018. Os dados obtidos mostraram que foram feitas 603.149 internações para o procedimento de transplante de órgãos, tecidos e células no Brasil em dez anos, os gastos com serviço hospitalar somaram, aproximadamente, R$ 4 bilhões. O ano com mais internações foi 2017 (71.966), e o ano com menos internações foi 2009 (46.655). A região Sudeste apresenta números expressivos, sendo mais da metade das internações (322.055), sucedida, respectivamente, pela região Sul (141.003), região Nordeste (112.968), Centro-Oeste (19.854) e Norte (7.269). Na região Sudeste cerca de 99,94% (321.874) dos procedimentos de transplante de órgãos, tecidos e células foram de alta complexidade. Ainda na região Sudeste cerca de 72,1% (232.252) das internações foram no estado de São Paulo, 19,5% (62.837) no estado de Minas Gerais, 5,9% (18.979) no Rio de Janeiro e 2,5% (7.987) no Espírito Santo. A média de permanência no hospital e a taxa de mortalidade na região Sudeste é, respectivamente, de 7,3 e de 5,24. Das unidades da federação que compõe a região Sudeste com maior média de permanência hospitalar é o estado do Rio de Janeiro (9,5), sucedido, nessa ordem, pelo estado de São Paulo (7,5), estado de Minas Gerais (5,8) e Espírito Santo (5,3). A taxa de mortalidade desses estados segue a seguinte ordem, da maior para a menor taxa, Espírito Santo (7,52), Minas Gerais (6,83), São Paulo (4,78) e Rio de Janeiro (4,51). Dessa forma, é possível concluir que a região Sudeste apresenta a maior estrutura física e financeira para realizar os procedimentos de transplantes de órgãos, tecidos e células. Além disso, São Paulo foi o estado que se destacou pelo número de internações para realização desses procedimentos com baixa taxa de mortalidade.

Referências

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Publicado

24-04-2023

Como Citar

Souza, M., Fonseca, W. L. M. S., Mendonça, A. S., Silva, D. S. R., Alves, E. F., Cândido, F. D. C., Júnior, P. C. A., & Leite, R. B. (2023). Transplante de órgão, tecidos e células: um panorama da região Sudeste em dez anos. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 6. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.288.6.2019

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