A privação do sono e suas consequências

a realidade do médico plantonista

Resumo

O plantão médico pode ser caracterizado como um trabalho com horários não regulares ou convencionais, o que inclui turnos noturnos, feriados e finais de semana, atendimentos esporádicos e emergenciais, variando até 24 horas ou mais. A privação do sono entre os plantonistas é uma realidade e promove uma série de efeitos negativos, tanto para sua saúde pessoal, como para a qualidade dos atendimentos prestados aos pacientes. Nesse contexto, é fundamental realizar uma análise aprofundada, sobre o impacto da privação do sono nos médicos plantonistas e suas implicações, que é constantemente negligenciado. Com isso, o artigo traz como objetivo geral demonstrar como o sono inadequado pode afetar a saúde de profissionais médicos, e, como objetivos específicos descrever as principais consequências causadas pela supressão do sono, além de citar medidas que possam contribuir para a qualidade de vida do plantonista médico privado de sono. Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica, em bases de dados online do “Scielo” e “Google Acadêmico”, utilizando os descritores: privação do sono, qualidade do sono, sono inadequado, com um lapso temporal de 5 anos, em português. Os critérios de exclusão foram artigos anteriores a 2019, que encontrava-se em línguas diferentes do portugues, duplicados, além dos não selecionados após leitura de títulos e resumos, e relevância sobre tema. Após leitura e separação dos dados, o resultado foi dividido em duas categorias: a privação de sono e suas consequências, e medidas para qualidade de vida do médico plantonista, de forma que sejam atingidos os objetivos propostos. Nota-se assim, a importância do sono para a saúde tanto mental, quanto física, e a necessidade deste para o trabalho e o aprendizado de excelência. Os resultados da falta de um sono efetivo no cotidiano de plantonistas são extremamente relevantes, visto que envolvem a diminuição da atenção, da concentração, atraso na resposta motora, além da Síndrome de Burnout e transtornos comportamentais. Junto a isso, ocorre a redução da disposição e motivação de realizar as atividades da profissão, ocasionando possíveis falhas médicas e um prejuízo no cuidado do paciente. Para enfrentar essa problemática, é primordial que o profissional cuide bem da saúde mental e desenvolva uma rotina com hábitos saudáveis, alimentação balanceada e prática de atividades físicas, em conjunto com uma regulação do uso de telas antes do período de descanso e a atenuação do consumo de substâncias estimulantes.