Sala de espera

um lugar de promoção da saúde

Autores

  • Lara Thauana Guimaraes Pena Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Laura Loureiro Guimaraes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Leonardo Vidal Cler Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafael Langoni Linares Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Vinicius Gomes Pereira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Lilian Regina Telles Faro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Bruna Casiraghi Pançardes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.729.2.2015

Palavras-chave:

Sala de espera, promoção de saúde, prevenção de saúde

Resumo

Introdução: Entende-se o território da sala de espera como um local público de livre trânsito dos clientes do sistema de saúde que aguardam o atendimento por um profissional, principalmente em Unidades Básicas de Saúde da Família, apesar de existir também em outros locais, como hospitais. Sendo assim, a sala de espera não é um espaço voltado para o profissional de saúde, sendo um local onde pacientes conversam e trocam experiências. Apesar disso, os pacientes instalados na sala de espera não se constituem, prioritariamente, em um grupo, mas sim em um agrupamento (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997). No entanto, quando um profissional passa a utilizar esse espaço como local de educação em saúde, tais pacientes passam a constituir um grupo através da iniciativa dos expositores (TEIXEIRA; VELOSO, 2006). Logo, grupos em salas de espera são uma forma de guiar a troca de experiências e vivências entre pacientes, de educação de doentes e familiares sobre suas condições, de instituição de medidas preventivas, entre outras possibilidades. A ação do profissional de saúde nesse local visa à combinação de ciências humanas e biológicas na promoção da saúde e prevenção de doenças, através da educação dos pacientes e familiares, para proporcionar maior humanização do atendimento nas instituições de saúde e para promover a expansão da ação dos pacientes sobre a vida de outros na sociedade (NORA; MÂNICA; GERMANI, 2009). Objetivos: Proporcionar um conhecimento mais aprofundado sobre o tema; educar de forma interdisciplinar os profissionais atuantes na área; reunir uma base bibliográfica para: proporcionar promoção e prevenção na área da saúde e; aumentar a adesão aos tratamentos propostos pelos médicos. Metodologia: O estudo foi realizado visando à pesquisa das interrelações presentes entre o ambiente da sala de espera e os métodos utilizados para efetivar a educação em saúde. Para tal método, foi utilizada a pesquisa e leitura de diversos artigos que  estão interligados ao tema acima mencionado. O intervalo de estudo dos artigos foi a partir de 1999. Para garantir a qualidade e a relevância das análises e comparações a serem feitas, foi decidido restringir a coleta a periódicos possuidores de Qualis superior a B, de acordo com a análise da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Após a busca e seleção dos artigos, os mesmos foram organizados, utilizando-se o Método de Bolonha. Desenvolvimento: A sala de espera foi explorada com o intuito de promover a saúde por diversas modalidades profissionais, muitas vezes, em conjuntos multiprofissionais. Independente da modalidade que o artigo revisado se atrela, todos que relatam experiências em sala de espera têm como função promover a saúde, seja pela prevenção, que consiste, na maioria dos casos, pela educação em saúde (informações sobre os cuidados para se ter com determinadas doenças e suas comorbidades, ensinando profilaxias) ou realizando uma função que facilita o tratamento, a adesão, o relacionamento entre o médico ou profissional de saúde e o paciente, promovendo a união entre o profissional de saúde e o paciente, reduzindo a distância que antes havia entre eles. Os trabalhos em sala de espera, sejam eles para prevenção ou para promoção propriamente dita, têm, como meio de ação, mecanismos que não envolvem a interação entre o profissional e o paciente, a troca de informações ou que requerem essa interação e a tem como premissa básica. Em todas as áreas, o objetivo principal é realizar medidas que promovam saúde aos pacientes através de diversas formas. Conclusão: A sala de espera é um local de aproximação dos pacientes com os profissionais de saúde. O tempo ocioso pode ser utilizado para estreitar a relação das pessoas que estão esperando com a situação em que se encontram, podendo compartilhar relatos e ouvir histórias que se aproximam da sua realidade. A empatia gerada por essa ação pode promover mais confiança dos pacientes com o profissional de saúde e com si próprio, ao se tornar mais afirmativo e ativo em sua conduta com o tratamento desenvolvido. Tais benefícios podem ser ampliados com adesão e participação do médico ao programa, dada a maior compreensão da realidade dos participantes, facilitando, assim, o exercício da empatia, essencial para relação médico paciente.

Referências

ANTONOVSKY, A. Health, stress and coping. San Francisco, CA: Jossey-Bass, 1979.

ASSIS, M.; PACHECO, L.; MENEZES, M.; Ações educativas em promoção da saúde no envelhecimento: a experiência do núcleo de atenção ao idoso da UNATI/UERJ O Mundo Da Saúde São Paulo, v. 31 n. 3, p. 438-47, 2007.

BARBOSA, J. G.; et al. Grupo de sala de espera em ambulatório de ansiedade: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Terapias Gognitivas, v. 4, n. 2, 2008.

BEZERRA, E. P.; ARAÚJO, M. F. M.; BARROSO, M. G. T. Prevenção das doenças sexualmente transmissíveis: Narrativas em uma área de espera. Revista René. Fortaleza, v. 8, n. 1, p. 18-25, 2007.

Downloads

Publicado

15-05-2015

Como Citar

Guimaraes Pena, L. T., Loureiro Guimaraes, L., Vidal Cler, L., Langoni Linares, R., Gomes Pereira, V., Telles Faro, L. R., & Casiraghi Pançardes, B. (2015). Sala de espera: um lugar de promoção da saúde. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.729.2.2015

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)