Acolhimento ao paciente diabético na unidade básica de saúde da família do bairro São Geraldo, Volta Redonda/RJ

Autores

  • Ana Clara Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Fernanda Bertoldo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Fernanda Tolomelli Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Isabela Ribeiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Paula Machado Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Thamires Noronha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Geraldo de Assis Cardoso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Sônia Cardoso Moreira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.642.2.2015

Palavras-chave:

Diabetes melitos, acolhimento, unidade básica de saúde

Resumo

Introdução: O Diabetes Melitus (DM) é hoje um importante problema de saúde pública em razão de sua alta incidência e prevalência, sendo o Brasil o décimo país do mundo com maior população de pessoas diabéticas. Estudos apontam que, em 1985, estimava-se a existência de 30 milhões de adultos com DM no mundo; esse número cresceu para 135 milhões em 1995, atingindo 173 milhões em 2002, com projeção de chegar a 300 milhões, no ano 2030. Pacientes com doenças crônicas como o DM necessitam usar o sistema de saúde nos diferentes níveis de atenção, e para que esse processo ocorra de forma efetiva, é fundamental que a atenção básica efetue a coordenação entre esses níveis. Torna-se por isso, imprescindível a criação de um vínculo entre os portadores da doença e os profissionais de saúde, fator fundamental para adesão correta ao tratamento e o conhecimento do paciente em relação à sua doença. Esse vínculo pode ser estabelecido através de um acolhimento eficaz aos pacientes portadores de DM, além do desenvolvimento de políticas educativas que visam intervir no curso das complicações. Considerando a necessidade da prática educacional coletiva no atendimento aos pacientes diabéticos do SUS, as acadêmicas de Medicina da Fundação Oswaldo Aranha – UniFOA organizaram atividades de assistência e de educação em saúde aos portadores dessa patologia, utilizando a UBSF SG. A finalidade deste trabalho é relatar a experiência vivida das acadêmicas com os pacientes portadores de DM. Objetivos: Este estudo tem como objetivo geral contribuir com a elaboração de propostas que propiciem eficiência da assistência aos doentes crônicos, proporcionando práticas de saúde direcionadas a esta. O Diabetes Mellitus (DM) foi escolhido para se avaliar o acolhimento e vínculo da Unidade Básica de Saúde da Família do bairro São Geraldo (UBSF SG) em Volta Redonda/RJ, em razão de sua elevada prevalência, com influência direta sobre a qualidade de vida dos portadores. Os objetivos específicos da pesquisa são: estudar sobre o acolhimento e vínculo dos pacientes portadores de diabetes na UBSF SG; levantar dados para fins de análise sobre o impacto da doença; verificar os principais problemas enfrentados no acolhimento da UBSF SG e sugerir propostas para aprimorar o sistema. Relato de Experiência: Estudo descritivo, na forma de relato de experiência vivenciada por uma equipe multiprofissional no acolhimento às pessoas diabéticas, realizada na UBSF SG do município de Volta Redonda, RJ. Os participantes do grupo foram 30 médicos entre clínicos e endocrinologistas, 12 agentes comunitários de saúde, 8 enfermeiros, 6 acadêmicos de medicina, 5 educadores físicos, 5 nutricionistas e 70 diabéticos. A participação nas atividades foi espontânea. As reuniões tiveram início no dia 25 de setembro de 2014, utilizando roda de conversa entre os profissionais médicos, tendo como alvo discutir as dificuldades enfrentadas no acolhimento e no tratamento dos pacientes diabéticos. A proposta do acolhimento incluiu a realização de um levantamento de dados nas áreas de todos os agentes comunitários de saúde do território para conhecer a situação epidemiológica local. Com o intuito de implementar propostas a fim de aprimorar o acolhimento, tornandoo mais eficaz, foi desenvolvido o Projeto Doce Combate que conta com eventos educativos e recreativos, inspirado em um projeto de extensão de ação contínua já existente, nomeado Doce Desafio elaborado pela Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília (UnB). Simultaneamente, o projeto foi apresentado no dia 16 de outubro no momento da roda semanal da UBSF SG, quando os profissionais foram consultados quanto à relevância da ação, o interesse dos mesmos em participar do processo e a melhor forma de realizá-lo, pensando-se em construir uma proposta coletiva de intercessão, a fim de contribuir para uma consolidação das ações, proporcionando uma condensação do processo e garantindo continuidade da ação. No dia 22 de outubro de 2014, ocorreu o primeiro encontro do Doce Combate. Estavam presentes, na ocasião, representantes das categorias profissionais de enfermagem, educação física, nutrição, médica e 70 usuários do programa. À medida que os diabéticos chegavam, o profissional de enfermagem mensurava glicemia capilar e pressão arterial. Logo após, foram ministradas palestras sobre alimentação, cuidados em relação ao pé diabético e a importância de atividade física. Resultados: Os resultados estão em andamento, pois será realizado um estudo quanti-qualitativo em forma de questionário, a fim de avaliar os impactos atribuídos na qualidade de vida dos pacientes envolvidos. Conclusão: Em andamento.

Referências

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Oliveira, A. C., Bertoldo, F., Tolomelli, F., Ribeiro, I., Machado, P., Noronha, T., de Assis Cardoso, G., & Cardoso Moreira, S. (2015). Acolhimento ao paciente diabético na unidade básica de saúde da família do bairro São Geraldo, Volta Redonda/RJ. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.642.2.2015

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