Suicídio entre pessoas idosas

uma revisão

Autores

  • V. A. Silvestre Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • L. S. Gomes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • S. C. M. Garcia Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.617.3.2016

Palavras-chave:

envelhecimento, idosos, suicídio

Resumo

O envelhecer é um processo natural e não significa adoecer. No entanto, sabe-se que com o avançar da idade são mais frequentes o aparecimento de doenças, alterações decorrentes do próprio envelhecimento e das características dos papéis familiares, que podem trazer graves repercussões à saúde mental do idoso. No seio familiar, o maior impacto encontrado é a inversão de papéis tanto na função de mantenedor do lar, como de líder na organização das atribuições e convivência doméstica. O envelhecimento da população tem influenciado significativamente nas doenças psiquiátricas, dentre elas a depressão é a mais comum entre os idosos, variando de 5% a 35% em suas diferentes formas e gravidades, aumentando a probabilidade de incapacidade funcional. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio vitima cerca de um milhão de pessoas no mundo por ano. Para a OMS, a violência autodirigida se manifesta de duas formas: no comportamento suicida (por meio de pensamentos, tentativa e pelo suicídio consumado) e por meio de atos violentos provocados contra a própria pessoa, como é o caso das mutilações. O suicídio entre pessoas idosas constitui hoje um grave problema para as sociedades das mais diversas partes do mundo. Estudo realizado em 13 países europeus mostra que as taxas médias de suicídio entre pessoas com mais de 65 anos nessas sociedades chega a 29,3/100.000 e as de tentativas de suicídio, a 61,4/100.000. A literatura ainda mostra que doenças e transtornos mentais estão fortemente relacionados com suicídios em pessoas idosas. As autópsias psicológicas – estudos que reúnem informações post mortem a respeito das circunstâncias e situações do suicídio de uma pessoa, reportam que entre 71% e 95% das pessoas idosas que cometeram suicídio possuíam diagnóstico de algum transtorno mental por ocasião de sua morte. No caso de comportamentos sintomáticos, o mais previsível é a própria tentativa de suicídio. Além disso, segundo pesquisas realizadas, há várias condutas que deveriam ser consideradas verdadeiros alertas aos cuidadores e parentes: descuido com a medicação, colocação em ordem dos pertences ou dos haveres, desinteresse pelas coisas da vida, busca súbita de alguma religião ou igreja, desinteresse em se cuidar e frequentes visitas ao médico com sintomas vagos. Do ponto de vista social, os idosos do sexo masculino, por sua vez, estão em risco quando se afastam do trabalho, na vigência de conflitos relacionais ou em situações que ameaçam seus códigos de honra e sua masculinidade. A presença de algumas doenças graves é considerada um fator de risco para o suicídio de pessoas idosas de ambos os sexos, tais como câncer, problemas no sistema nervoso central, complicações cardiopulmonares e doenças urogenitais em homens. Do ponto de vista do papel da saúde pública, existe uma relação próxima entre idealização, tentativas e ato fatal na população idosa. Assim, promover o bem-estar dos idosos, o ajustamento familiar e a participação social são formas de possibilitar o aumento da autoestima dos mesmos. Portanto, é necessária uma análise holística da forma de como está se processando o envelhecimento populacional.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Silvestre, V. A., Barroso, C. R. D., Gomes, L. S., & Garcia, S. C. M. (2016). Suicídio entre pessoas idosas: uma revisão. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.617.3.2016

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