Síndrome de Guillain-Barré e associação com Zika vírus

Autores

  • A. S. G. Moéda Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • T. R. Guedes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • V. G. Pereira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • L. L. L. Lopes Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • G. F. Cunha Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • T. F. Huguenin Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • P. S. Mageste Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • E. M. Sarmento Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.613.3.2016

Palavras-chave:

polineuropatia, SGB, zika vírus

Resumo

A Síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma polineuropatia desmielinizante inflamatória aguda. É uma doença autoimune que compromete o sistema nervoso periférico e que geralmente é desencadeada por um processo infeccioso agudo prévio, acarretando diminuição progressiva e simétrica da sensibilidade e motricidade dos membros. Tem como característica ser uma paralisia flácida de caráter ascendente, com arreflexia profunda e dissociação albumino-citológica no líquor, é de evolução rápida e potencialmente fatal. Tal síndrome é definida como aguda, diferentemente da forma crônica que geralmente pleiteia doenças autoimunes, e é caracterizada pela desmielinização dos nervos, causando prejuízo para a condução axonal de impulsos elétricos, sendo relatada como uma paralisia flácida acompanhada de hiporreflexia. O aumento no número de casos de síndrome de Guillain-Barré em locais com incidência de vírus zika tem chamado a atenção dos pesquisadores para a relação entre as doenças. Estudos vêm sendo desenvolvidos para analisar este aspecto. A SGB não é uma doença nova, mas pode ser uma complicação que, aparentemente, era rara e que pode ser uma reação do organismo diante do germe com que teve contato. Já existe notificação da circulação do vírus zika em 38 países e o relato de que, em 12 desses, houve crescimento significativo no número de casos incidentes de SGB, incluindo o Brasil, que estima um aumento de cinco vezes no número de casos da síndrome. Ademais, estudos recentes apontam para uma relação cada vez mais estreita entre pacientes que apresentaram paralisia flácida ascendente e que tiveram doença exantemática febril, com positividade na detecção de anti-corpos contra o vírus zika. Nesse contexto, temos que o avanço da epidemia viral promove, concomitantemente, aumento na possibilidade de números ainda maiores de pacientes manifestando uma síndrome neurológica grave, de grande impacto social no que tange o comprometimento do indivíduo, além da elevação na necessidade de aporte para o tratamento deste paciente, incluindo leitos em unidades de tratamento intensivo, e um estoque razoável de imunoglobulina para tratar os casos que surgirem. Por fim, não pode ser esquecida a necessidade de treinar os médicos generalistas para identificar potenciais casos, iniciando o tratamento o mais precocemente possível, tornando potencialmente mais favorável o prognóstico do paciente.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Moéda, A. S. G., Guedes, T. R., Pereira, V. G., Lopes, L. L. L., Cunha, G. F., Huguenin, T. F., Mageste, P. S., & Sarmento, E. M. (2016). Síndrome de Guillain-Barré e associação com Zika vírus. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.613.3.2016

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