Aumento na Incidência de Diabetes Mellitus tipo 2 na Infância Correlacionado a Transição Epidemiológica no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.537.3.2016Palavras-chave:
diabetes, pediatria, transição demográficaResumo
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2), até recentemente, era considerado doença rara na infância e adolescência. Nas últimas duas décadas porém, é perceptível o aumento da sua incidência nessa população, com características similares às do adulto nos países industrializados. A eclosão de casos do DM tipo 2 na infância e na adolescência é decorrência da epidemia mundial de obesidade e sedentarismo. Atualmente, mais de 200 crianças e adolescentes desenvolvem a doença a cada dia no mundo (Addams, 2007). Entre as crianças, especialmente, o aumento significativo do número de casos de DM tipo 2 é preocupante, sendo considerado problema de saúde pública emergente. Estudos apontam acometimento elevado em infantes na faixa etária de seis a onze anos de idade (Corrales-Yauckoes, 2005). Existem muitas nuances referentes ao DM tipo 2 em crianças, tais como possibilidade de casos não diagnosticados, enorme sobrecarga emocional dos sujeitos e dificuldades no estabelecimento de parâmetros diagnósticos e terapêuticos, todos fatos decorrentes do pouco conhecimento sobre a fisiopatologia do DM tipo 2 nesse grupo. O IMC, universalmente utilizado em adultos como critério de adiposidade, tende a ter alta especificidade, porém variável sensibilidade em crianças e adolescentes. Entretanto, é amplamente utilizado por ser uma medida relativamente fácil e acurada. O risco relativo de desenvolver DM2 aumenta exponencialmente com o aumento do IMC, o que pôde ser evidenciado nos últimos 20 anos por um aumento paralelo da prevalência de obesidade e incidência de DM2 em crianças. A incidência do diabetes mellitus tipo 2 está aumentando de forma exponencial, adquirindo características epidêmicas em vários países, particularmente os em desenvolvimento. Esta revisão analisa a tendência crescente da importância que o diabetes tipo 2 vem adquirindo como problema de saúde infantil, ressaltando sua situação no Brasil. Também é destacada a contribuição da transição epidemiológica e nutricional, representadas pelas alterações da estrutura da dieta, da prática de atividades físicas e o conseqüente aumento da incidência da obesidade infantil neste processo. Para a realização da revisão proposta, os mais recentes artigos sobre o tema foram analisados, utilizando-se ainda capítulos de livros disponíveis na Biblioteca Central do UniFOA.
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