Alterações cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono

Autores

  • I. B. N. Moura Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • C. R. D. Barroso Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. P. Martins Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.523.3.2016

Palavras-chave:

síndromes da apneia do sono, apneia do sono tipo obstrutiva, doenças cardiovasculares

Resumo

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma doença caracterizada pelo  colapso das vias aéreas superiores durante o sono, resultando em despertares e  dessaturações arteriais recorrentes. A SAOS é altamente prevalente na população,  variando entre 3% e 10% da população. Além disso, essas taxas tendem a aumentar  ainda mais com o aumento do número da população com obesidade, um importante  fator de risco para a doença. Consequências clínicas significativas do transtorno  incluem sonolência excessiva diurna, disfunção cognitiva, disfunção metabólica,  insuficiência respiratória e cor pulmonale e as doenças cardiovasculares. As  anormalidades cardiovasculares apresentam um risco elevado de morbidade e  mortalidade no paciente, sendo a hipertensão arterial muitas vezes a primeira  consequência da doença. Complicações mais graves como a doença arterial  coronariana, acidente vascular cerebral e arritmias também podem estar presentes.  Evidências sugerem que a hipoxia crônica intermitente secundária a episódios de  apneia/hipopneia durante o sono podem resultar na hiperativação simpática,  diminuição da reatividade vasomotora, inflamação vascular, estresse oxidativo,  distúrbios metabólicos e aumento da atividade trombótica. Estas alterações podem  contribuir para o desenvolvimento de disfunções endoteliais e metabólicas como a  aterosclerose e doenças cardiovasculares associadas com a doença. Verificou-se  que a prevalência de hipertensão arterial em pacientes com SAOS é alta, chegando  a quase 80%. Além disso, estudos também mostram a presença de arritmias  noturnas em aproximadamente 50% dos pacientes analisados. Portanto, é fato que  a prevalência da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é crescente,  especialmente na população de meia-idade e com fatores de risco como a  obesidade. Além disso, a doença está associada com um risco elevado de  morbidade e mortalidade cardiovascular. No entanto, vale ressaltar que o tratamento  realizado com pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) tem um efeito  benéfico sobre o controle da hipertensão e redução do risco de doenças  cardiovasculares, principalmente em pacientes com risco moderado a elevado. Além  disso, a perda de peso, adotar a posição lateral durante o sono e a modificação do  estilo de vida devem ser sempre recomendados, em adição ao tratamento com  CPAP. 

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Moura, I. B. N., Barroso, C. R. D., & Martins, L. P. (2016). Alterações cardiovasculares na Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.523.3.2016