A terceirização na UFF
reflexões sobre a precarização e a perda da dignidade do trabalho
Palavras-chave:
Trabalho, Terceirização, Educação, Direito fundamentalResumo
A época do trabalhador flexível e competitivo tornou-se uma era de estranhamentos, de reinvenção de referências e contínuas renovações de significados, de resistência à realidade do desemprego ou do subemprego (ZANELLI, 2016). Nesse cenário, a terceirização tem se mostrado vigorosamente presente, atendendo aos propósitos que estão vinculados à mercadorização do trabalho nos setores público e privado. O objetivo deste artigo é discutir a utilização de práticas de gestão do trabalho de cunho privatista em órgãos públicos, mais especificamente na Universidade Federal Fluminense (UFF). Usaram-se como métodos de levantamento de dados as pesquisas bibliográfica e documental. Apresenta-se como discussão a centralidade do trabalho, bem como a sua defesa como um direito humano fundamental em contraposição à análise do trabalho no modo de produção capitalista e as transformações que a reestruturação produtiva causou às relações de trabalho. Como conclusão, constata-se a presença de dispositivos jurídicos que compactuam com a precarização e a intensificação do trabalho terceirizado na Universidade, o que coloca em xeque o próprio papel da instituição e seu compromisso social.
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