Responsabilização Penal Juvenil

avanços e retrocessos

Autores

  • Joice dos Santos Graduandas do 10º período em Direito da Universidade Federal Fluminense, membro da Liga Acadêmica Direito – UFF
  • Paula Nobre de Souza Pinto Vieitas

Palavras-chave:

Pena alternativa, Socioducação

Resumo

O presente trabalho visa a discutir a realidade do cumprimento de medidas socioeducativas. É possível observar avanços desde o tratamento retribucionista da Etapa de Caráter Penal Indiferenciado: o Estatuto da Criança e do Adolescente, editado na década de 90, deu início a Etapa de Caráter Juvenil, que reconheceu o menor como sujeito de direitos e a educação como solução adequada. No entanto, a implementação precária das medidas agride diretamente os direitos fundamentais dos adolescentes. O avanço legislativo não foi e nem será suficiente para tratar problemas sociais como a infração, que deve ser combatida com remédios também sociais e não com a supressão de direitos. Como consequência, os números de reincidência cresceram nos últimos anos, bem como o de reeducandos a serem inseridos no sistema. Ao contrário do que pensa o senso comum social acerca da impunidade dos adolescentes infratores, a realidade enfrentada aponta uma responsabilização desumana dos jovens. O sistema socioeducativo pensado, portanto, em vez de promover uma transformação na vida dos adolescentes, cria um sistema alternativo de mais punições inconstitucionais.

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Publicado

27-02-2024

Como Citar

Joice dos Santos, & Paula Nobre de Souza Pinto Vieitas. (2024). Responsabilização Penal Juvenil: avanços e retrocessos. Simpósio De Pesquisa Em Direito. Recuperado de https://conferencias.unifoa.edu.br/congresso-direito/article/view/1466