A função paradoxal do Estado Democrático de Direitos

o Programa de Segurança – Unidade de Polícia Pacificadora

Autores

  • Fernanda Valéria Macedo de Nogueira Graduanda do 7º período em Direito da Universidade Federal Fluminense

Palavras-chave:

UPP, Militarização, Estado democrático de direito

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo discutir a militarização do espaço e a segregação de classes marginalizadas, resultado da ocupação da Policia Militar por um processo de pacificação ordenado pelo poder público nas comunidades do Estado do Rio de Janeiro. O paradoxo supracitado advém da complexa função que o Estado vem desempenhando nas últimas décadas, enquanto garantidor/violador de direitos, uma vez que, estatisticamente, é evidenciado que o projeto de pacificação consolidou o poder paralelo estatal, conhecido como milícia, além da realização de um projeto de ocupação militar dentro de um Estado democrático de direito. O problema da segurança pública está ligado intimamente à questão da governabilidade e que a lógica bélica da Polícia Militar, legitimada pelo Estado, orienta suas ações, mesmo após a Constituição de 1988, impondo um regime de exceção às populações periféricas não integrantes da seleta casta elitista do país, com um enorme poder indireto de decidir sobre a vida desses grupos marginalizados.

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Publicado

27-02-2024

Como Citar

Fernanda Valéria Macedo de Nogueira. (2024). A função paradoxal do Estado Democrático de Direitos: o Programa de Segurança – Unidade de Polícia Pacificadora. Simpósio De Pesquisa Em Direito. Recuperado de https://conferencias.unifoa.edu.br/congresso-direito/article/view/1463