Prevalênciade Portatores de Síndrome Metabólica em amostras de Pacientes do UBSF Coqueiros

Autores

  • Patricia Marques Leite Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Priscilla Hidalgo de Araujo Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rafaella Pinto Ferraz Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Thalita Morgado dos Santos Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Thereza Pascal Abdo Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.802.1.2014

Palavras-chave:

síndrome metabólica, hipertensão, diabetes

Resumo

Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) surge como um problema sério e preocupante não só para os clínicos, mas também para os responsáveis pela saúde pública a nível mundial. Os indivíduos com SM têm um risco mais elevado de desenvolver diabetes e doenças cardiovasculares. Atualmente a maior parte dos esforços vai ao sentido de precocemente detectar e tratar o SM e consequentemente, diminuir o risco de doença cardiovascular, principal causa de morte nos países desenvolvidos. Devido à importância crescente em termos epidêmicos do SM, tornou-se fundamental a direção de estudos relacionados com os fatores de risco e/ou protetores para esta condição. (PEREIRA, et al, 2006). Além disso, é inquestionável a importância do diagnóstico desta síndrome para fins epidemiológicos e preventivos, já que os critérios diagnósticos habitualmente utilizados são facilmente aplicáveis na avaliação clínica dos pacientes. (JUNIOR, et al, 2011) Para isso, as primeiras definições utilizadas, da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1998 e do Grupo Europeu para o Estudo da Resistência à Insulina em 1999, tornavam obrigatória a presença da resistência à insulina ou diabetes (OMS), detectada através de diferentes métodos, somada à presença de pelo menos 2 critérios, incluindo obesidade, hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia e microalbuminúria. Desta maneira, podese perceber que a SM possui uma etiologia multifatorial, sendo desencadeado pela presença de obesidade, sedentarismo, hábitos dietéticos e interação com fatores genéticos. (FEITOSA, 2007). Objetivos: Este artigo tem como objetivo realizar uma revisão sobre os aspectos epidemiológicos, diagnósticos e os tratamentos da síndrome metabólica e correlacionar essa revisão com os dados colhidos da UBSF Coqueiros para estabelecermos uma prevalência da síndrome nesta região. Metodologia: Para o estudo foram consultadas as bases de dados PubMed e SCIELO, buscando identificar artigos científicos entre ano de 2004 e 2012 a respeito da Síndrome Metabólica, seus fatores desencadeantes e sua relação com o aumento do risco cardiovascular. Foram identificados e revisados 40 artigos elegíveis com descrição relevante sobre o tema. Com base na literatura, foi realizado um estudo transversal sobre Síndrome Metabólica em pacientes da Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) do bairro Coqueiros no município de Volta Redonda (RJ). O período utilizado para tal estudo foi de 12 de Maio de 2014 a 24 de Junho de 2014, sendo 67 pacientes avaliados. Os dados utilizados do UBSF (colhidos diariamente nas consultas e através dos prontuários) foram: gênero, idade, peso, altura, circunferência abdominal, exames laboratoriais (colesterol total, HDL- c “high density lipoprotein cholesterol”, LDL – c “low density lipoprotein cholesterol”, triglicerídeos), glicemia de jejum, pressão arterial, Índice de Massa Corporal e os medicamentos usados para tratamento. Resultados: No presente estudo pode-se observar que a síndrome metabólica tem alta prevalência na amostra analisada e o sexo feminino tem maior preponderância que o sexo masculino. Além disso, foi constatado que dentre todos os fatores de risco, a hipertensão foi a principal comorbidade encontrada nos pacientes, tanto no sexo feminino como no sexo masculino, já a hiperglicemia foi a de menor predominância no sexo masculino e a dislipidemia no sexo feminino. E por fim foi observado que na faixa etária entre 61-70 anos todos os fatores de risco para os critérios diagnósticos da síndrome foram prevalentes, devido principalmente ao maior numero da amostra nessa faixa etária, logo nesta faixa etária a síndrome metabólica prevalece. Conclusões: Através dos resultados foi possível concluir que é de suma importância a ênfase na prevenção dos fatores de risco para síndrome metabólica, sendo necessário investimento na atenção primaria de saúde como grupos de controle de hipertensos e diabéticos, acompanhamento nutricional, incentivo a pratica de atividades físicas regulares e na adesão ao tratamento medicamentoso.

Referências

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Publicado

04-10-2014

Como Citar

Marques Leite, P., Hidalgo de Araujo Oliveira, P., Pinto Ferraz, R., Morgado dos Santos, T., & Pascal Abdo, T. (2014). Prevalênciade Portatores de Síndrome Metabólica em amostras de Pacientes do UBSF Coqueiros. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 1. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.802.1.2014

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