Peritoneostomia

Autores

  • Amanda Pratti Ferreira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Christine Justo da Costa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Maria Eduarda Alves Pio Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Priscila dos Santos Mageste Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Rogério de Oliveira Gonçalves Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

Palavras-chave:

peritoneostomia, indicações, técnicas

Resumo

Introdução: A peritoneostomia é uma técnica cirúrgica que consiste em deixar a cavidade abdominal aberta. É uma situação cada vez mais frequente em trauma e na cirurgia de emergência, e muitas vezes dessa forma que salvará a vida de pacientes graves. Historicamente, deixar o abdome “aberto” era considerado uma falha cirúrgica. Porém em 1983 percebeu-se que aumentava a sobrevida do pós-operatório 7% a 65% em casos de peritonite. Objetivo: Demonstrar a finalidade das técnicas de peritoneostomia, as indicações das mesmas, os principais tipos existentes e as complicações mediante ao processo cirúrgico. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica, nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) e Pubmed. Resultados: Através da pesquisa foram encontrados oito artigos que realizada as finalidades da técnica são drenar o material infeccioso, prevenir a SCA (Sídrome compartimental do abdomen), permitir controle visual das vísceras e preservar a parede abdominal. Sete trabalhos tem como indicações a realização da peritoneostomia: trauma grave (operação para controle de danos), edema peritoneal excessivo ocasionado pela síndrome compartimental, impossibilidade de eliminar e controlar o foco infeccioso, eliminação incompleta de debris necróticos, sepse abdominal com dano maciço e pancreatite aguda necrotizante. As principais técnicas de peritoneostomia são bolsa de Bogotá, curativo à vácuo, descolamento do tecido adiposo subcutâneo e tela de polipropileno e foram observados em cinco artigos. E em quatro artigos foi visto que dependendo do tipo utilizado podem ocorrer complicações como risco de eviscerações, infecções, fístulas, perda hídrica, calórica e eletrólitos. Conclusão: A peritoneostomia é uma arma importante no controle da infecção intra-abdominal, sendo um método com risco de complicações e ainda com mortalidade elevada não apenas imputada à utilização da peritoneostomia, mas também a complicações locais ou gerais devidas à gravidade dos pacientes. No entanto, ainda faltam estudos randomizados e controlados comparando estratégias diferentes para a condução do abdome aberto.

Referências

DELABIO-FERRAZ, E.; MÁRQUEZ, O. Técnica de fechamento progresivo na laparostomia e descompressao abdominal. Rev do Col. Bras. de Cir., v. 27, p. 237- 44, 2000.

FERES, O.; PARRAS, R. S. Simpósio: Fundamentos em clínica cirúrgica - 2ª parte. Ribeirão Preto, 2008.

FERREIRA, F. et al. Fechamento sequencial da parede abdominal com tração fascial contínua (mediada por tela ou sutura) e terapia a vácuo. Rev. Col. Bras. Cir. v. 40, n. 1, p. 85-9, 2013.

GÓMEZ, M.; MORALES, M.; GONZÁLES, J.; LÓPEZ, S. Cirugía de control de daños. Rev Cub Cir, v. 45, n. 1, 2006.

INAGUAZO S, DARWIN y ASTUDILLLO A, MARÍA J.Abdomen abierto en la sepsis intraabdominal severa: ¿Una indicación beneficiosa?. Revista Chil Cir. v. 61, n. 3, p. 294-300, 2009.

MAGALHÃES, C. E .V.; MAYALL, M. R. Abdome agudo não traumático. Rev. Hosp. Univer. Pedro Ernesto, v. 8, n. 1, Rio de Janeiro, 2009.

NÁPOLES, M.G.; FABRA, M.E.L. Síndrome compartimental abdominal. Rev. Cub. de Cir., n. 2, v. 52, Ciudad de la Habana, Cuba , 2013

NETO,J.R. et al .Uso da Peritoneostomia na Sepse Abdominal Rev bras Coloproct,v. 27, n. 3, p. 278-83, Sergipe, 2007.

PARREIRA, J. G.; SOLDA, S.; RASSLAN, S. Controle de danos: uma opção tática no tratamento dos traumatizados com hemorragia grave. Arq. Gastroenterol. v. 39, n. 3, p. 188-97, 2002.

PERES, M. A. O., AGUIAR, H. R., ANDREOLLO, N. A. Surgical treatment of subcostal incisional hernia with polypropylene mesh-analysis of late results. Rev. Do Col. Bras. de Cir., v. 41, n. 2, p. 82-6, 2014.

SIMAO, T., Sarmento et al. Curativo à vácuo para cobertura temporária de peritoneostomia. ABCD, Arq. Bras. Cir., v. 26, n. 2, p. 147-50, 2013.

TORRES NETO, J. R. et al. Uso da peritoneostomia na sepse abdominal. Rev bras. colo-proctol. v. 27, n.3, p. 278-283, 2007.

TORRES, O. J. M. et al. Fístulas enterocutâneas pós-operatórias: análise de 39 pacientes. Rev. Col. Bras. Cir. V.29, n. 6, 2002

TORRES N., Juvenal da Rocha et al. Uso da peritoneostomia na sepse abdominal. Rev bras. colo-proctol., v. 27, n. 3, p. 278-83, 2007.

Publicado

04-10-2014

Como Citar

Pratti Ferreira, A., Justo da Costa, C., Alves Pio, M. E., dos Santos Mageste, P., & de Oliveira Gonçalves, R. (2014). Peritoneostomia. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 1. Recuperado de https://conferencias.unifoa.edu.br/congresso-medvr/article/view/798

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)