Indicações de Fundoplicatura na Doença do Refluxo Gastroesofágico

Autores

  • Fabio Fruet Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Laís Maria Pinheiro de Faria Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Letícia Tondato da Silva Costa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.779.1.2014

Palavras-chave:

DRGE, Indicações, Fundoplicatura, Tratamento Cirúrgico

Resumo

Introdução A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é hoje uma patologia frequente e sua incidência tem se elevado nos últimos anos. Ela diminui a qualidade de vida do paciente causando inúmeros transtornos. Objetivos Este trabalho tem como objetivo fazer uma revisão da literatura sobre a doença do refluxo gastroesofágico e em especial o quando indicar a sua terapêutica cirúrgica. Discussão Os sintomas clássicos da DRGE são a pirose e a regurgitação, intitulados de sintomas típicos. A pirose consiste na sensação de queimação retrosternal que se irradia do osso esterno à base do pescoço. A regurgitação significa o retorno do conteúdo ácido ou alimentos para a cavidade oral. Ocorrem geralmente no período pós-prandial, principalmente após grandes refeições ou ingestão de alimentos picantes, cítricos, gorduras, chocolate e álcool. O decúbito dorsal e a posição inclinada para frente podem aumentar a pirose. Por outro lado, também existem as manifestações atípicas como os sintomas respiratórios, otorrinolaringológicos e a dor torácica. Sua etiopatogenia decorre da ineficiência da barreira antirrefluxo, da depuração esofágica do ácido, da resistência dos tecidos e da hérnia de hiato, e seu diagnóstico é clínico, mas confirmado principalmente por meio de endoscopia digestiva, manometria e pHmetria. A hérnia de hiato praticamente acaba com a pressão do EIE que ocorre durante o esforço e aumenta o relaxamento transitório do esfíncter durante a distensão gástrica, a promoção do refluxo ácido e, principalmente, à redução da depuração esofágica observadas, sobretudo em hérnias volumosas e não redutíveis. Sua terapêutica inicial é clínica, com prescrição de antiácidos, pró-cinéticos (metoclopramida, domperidona, bromoprida, baclofeno), inibidores H2 (cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina) e IBPs (omeprazol, lansoprazol, rabeprazol, pantoprazol e esomeprazol), mas as indicações do seu tratamento cirúrgico vêm aumentando a partir do uso da laparoscopia e do aumento das experiências nos serviços especializados e dos cirurgiões. A DRGE tem complicações como estenoses, úlceras e esôfago de Barrett e são principalmente nessas complicações que estão às indicações do tratamento cirúrgico, pois são frequentemente acompanhadas de hérnias de hiato e hipotonia do esfíncter inferior do esôfago. O tratamento cirúrgico na DRGE consiste no reposicionamento do esôfago na cavidade abdominal associado a hiatoplastia e a fundoplicatura, sendo a técnica de Nissen, por via laparoscópica, a mais comumente utilizada. Conclusão: A obtenção de bons resultados no tratamento cirúrgico da DRGE depende de indicação criteriosa com adequada seleção de pacientes através de exames específicos bem indicados e realizados além da técnica cirúrgica a ser adotada, estando mais reservada a casos com alterações anatômicas maiores, intolerância a medicação, escolha do paciente que é um bom respondedor ao tratamento com IBP e que prefere a cirurgia e naqueles que apresentam complicações da doença como estenoses, úlceras ou esôfago de Barrett, além de pacientes com sintomas extraesofágicos bem documentados.

Referências

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Publicado

04-10-2014

Como Citar

Fruet, F., Pinheiro de Faria, L. M., & Tondato da Silva Costa, L. (2014). Indicações de Fundoplicatura na Doença do Refluxo Gastroesofágico. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 1. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.779.1.2014

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