Análise da demanda em consultas ginecológicas e obstétricas no Programa de Saúde da Família de cinco bairros em Volta Redonda-RJ e as limitações do Serviço Público em Saúde da Mulher
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.750.1.2014Palavras-chave:
SUS, ginecologia, saúde, resolutibilidadeResumo
Introdução: O programa de saúde da família é uma estratégia de dinamizar o SUS e serve como porta de entrada da população pré-definida numa área demográfica demarcada e números de famílias quantificadas. A atenção secundária de saúde compreende consultas ambulatoriais de especialidades médicas que contribui para a operacionalidade da rede de saúde, desempenhando a resolubilidade e integridade do cuidado. Objetivo: Analisar a resolutividade das queixas dos pacientes no consultório de ginecologia e obstetrícia presente nas unidades de saúde da família e, assim como, expor as limitações encontradas nestes serviços que dificultam a assistência integral no nível primário de saúde. Metodologia: Este estudo constitui-se em uma análise observacional, realizado em agosto de 2014. A revisão de literatura foi realizado como base a busca de artigos em livrarias científicas online, tais como SciELO (Scientific Eletronic Library Online) e NCBI (National Center for BiotechnologyInformation), utilizando os bancos de dados PubMed, PubMed Central e PubMedHealth. Foram incluídos todos as mulheres atendidas no ambulatório de ginecologia e obstetrícia num período de 10 dias (04 a 08 e 11 a 15 de agosto de 2014), observando suas queixas e condutas adotadas. O critério de não resolutibilidade foi o de não conseguir fazer todo o atendimento das pacientes nas Unidades de Saúde Básica, tendo a necessidade de encaminaha-las para outro serviço. O critério de exclusão foi o não comparecimento da paciente à consulta marcada. As consultas ocorreram em 05 unidades de saúde da família do munícipio de Volta Redonda-RJ nos bairros Ponte Alta, Eucaliptal, Belmonte, Siderlândia e São Lucas. Resultados e Discussão: Num período de 10 dias, foram atendidas 113 mulheres no consultório de ginecologia e obstetrícia. Foi observado uma limitação nas condutas adotadas pelo médico especialista por se encontrar no setor primário de saúde. Geralmente as condutas tomadas com resolubilidade neste setor correspondem: a contracepção hormonal, tratamento medicamentoso para infecção de vias genitais, medicação sintomática para menopausa, terapia hormonal para irregularidades menstruais e metrorragias, e medicamentos para amenizar a dor em dismenorréia ou mastalgia. Da população analisada, 29,2% necessitaram de método de imagem para auxiliar na hipótese diagnóstica, 30,9% foram encaminhadas à policlínica da mulher para avaliação de outro ginecologista e realização de exames mais específicos ou de alto custo não autorizados a serem pedidos pela atenção primária. Conclusão: Apesar da presença do médico especialista em ginecologia e obstetrícia na unidade primária, este não possui autonomia no seguimento clínico da paciente quando de maior complexidade. É imperativo a atuação dos profissionais médicos na atenção primária no intuito de responderá maior parte das demandas dos pacientes e referenciar somente os casos específicos, além da eficácia no sistema de regulação e otimização do acesso e uso da tecnologia bruta. Por fim, esse presente artigo demonstrou essas demandas presentes nessas unidades básicas e as condutas tomadas que geram outras demandas para outros setores do sistema. Com isso, o perfil de trabalho da ginecologia e obstetrícia com relação à saúde da mulher ao mesmo tempo em que pode ser resolutivo em queixas simples, pode ser precário quando necessita numa intervenção mais ampla.
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CONGRESSO DO CURSO DE MEDICINA 2014 Tema: “O desafio da Atenção Básica como escola”
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