“O que eu era e o que eu sou”
Alterações dermatológicas do Lúpus Eritematoso Sistêmico e seu impacto psicossocial
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.747.1.2014Palavras-chave:
lesões cutanêas, aspecto psicosocial, lúpus eritematoso sistemicoResumo
Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico é uma doença inflamatória crônica, de causa ainda desconhecida e de natureza auto-imune. A doença pode evoluir com manifestações dermatológicas, incidindo mais freqüentemente em mulheres jovens, ou seja, na fase reprodutiva. (Sato et al; 2004) O envolvimento dermatológico gera insatisfações tanto estéticas como psicológicas nos pacientes acometidos. Foram encontrados artigos citando as manifestações dermatológicas porém, não com foco voltado a essa questão. O artigo tentará delimitar o corpo humano, alterado pelo Lúpus, como objeto de estudo, presumindo que as alterações visíveis compreendem uma importante forma de visualização e distorção da auto imagem. Objetivos: O objetivo deste trabalho é discutir e compreender as alterações dermatológicas provocadas pela doença referida. Em face disso, a questão central busca o mapeamento das alterações físicas-emocionais importantes relacionadas ao Lúpus Eritematoso Sistêmico, justificado pelo pressuposto de que a imagem corporal representa o sistema simbólico que forma a identidade pessoal e social. (Andrade SS; 2003). Metodologia: Este artigo se caracteriza como qualitativo e descritivo sobre alterações dermatológicas integrada a imagem corporal no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Serão incluídos livros acadêmicos, artigos científicos de revisão com base de dados retirados do Scielo, Pubmed, Google acadêmico, bibliotecas online sobre o tema abordado dos anos de 1993 a 2013 e excluídos pesquisa de campo e artigos de revisão com as datas inferiores ao ano 1993. Discussão: Conforme analisamos o lúpus eritematoso sistêmico consiste em uma doença inflamatória de acometimento difuso. Ocorre em mulheres em idade fértil e por ser um transtorno sem delimitações populares estabelecidas é cenário de grande sofrimento. A vivencia do lúpus esta associada a importantes modificações psicossociais dos pacientes acometidos. O caráter oscilatório da patologia prejudica a adesão da doença e reconhecimento de uma identidade. Finalmente considera-se como necessário a autoconsciência breve e a auto-aceitação a fim de estabelecer um tratamento adequado. Conclusões: O Lúpus eritematoso sistêmico como vimos não consiste em apenas uma doença com uma diversidade clinica complexa mas também com fatores emocionais múltiplos relacionados a cada individuo. Vale ressaltar que uma vez superado alguns obstáculos desse processo de adoecer, novos poderão surgir já que consiste em uma doença cíclica e imprevisível que gera graves repercussões psicossociais. Nesse momento, o apoio oferecido pela equipe de saúde é de suma importância. O médico deve não apenas se ligar ao diagnostico e tratamento mas também se propor a ouvir e acolher o sujeito propiciando uma reflexão sobre sua experiência e auxiliando na elaboração dos seus sentidos.
Referências
Andrade SS. Saúde e beleza do corpo feminino algumas representações no Brasil do século XX. Movimento. 2003.
Mattje, Gilberto Dari; Turato, Egberto Ribeiro. Experiências de vida com Lúpus Eritematoso Sistêmico como relatadas na perspectiva de pacientes ambulatoriais no Brasil: um estudo clínico-qualitativo. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto 2006.
Sato Ei et al. Lúpus eritematoso sistêmico: tratamento do acometimento cutâneo/articular. Rev. Bras. Reumatol., São Paulo , v. 44, n. 6, Dec. 2004.
Schilder, P. A Imagem do Corpo: as energias construtivas da psique. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Sociedade Brasileira de reumatologia. Cartilha lúpus. São Paulo. 2011.
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