Uso de redes sociais para avaliação da prevalência de cefaléia em estudantes de medicina do UniFOA

Autores

  • Roberta Narezi Pimentel Rosa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Elder Machado Sarmento Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Claudio Manoel Brito Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Flavia Cugola Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.746.2.2015

Palavras-chave:

Cefaleia, redes sociais, equipe multidisciplinar

Resumo

Introdução: A cefaleia é considerada grande problema de saúde pública, já que apresenta elevada frequência e gera grande impacto social e econômico. A Sociedade Internacional da Cefaleia correlacionou com as inúmeras etiologias os tipos específicos de dor de cabeça e procurou estabelecer critérios diagnósticos operacionais restritivos para as cefaleias primárias e secundárias. A frequência da ocorrência da cefaleia na população é avaliada por vários estudos, alguns mais específicos avaliando cada tipo e outros mais abrangentes que avaliam a cefaleia como um todo. Estudos realizados por Bigal (2004) e colaboradores afirmaram que 50% da população geral apresenta cefaleia durante um determinado ano e que mais de 90% refere história de cefaleia durante a vida. Há uma elevada prevalência de migrânea e de cefaleia tensional crônica em acadêmicos. Um estudo realizado por Barros (2011) com alunos do primeiro ao quarto ano de Psicologia e Medicina da Universidade de Taubaté constatou que a prevalência de cefaleia nesses acadêmicos foi alta, sendo que a tensional foi predominante nos homens e enxaqueca, nas mulheres. Além disso, ficou provado que a cefaleia tensional ocorreu mais em estudantes de medicina, enquanto a migrânea foi mais prevalente nos acadêmicos de psicologia. O presente estudo visa avaliar a queixa de cefaleia em acadêmicos de medicina do UniFOA e, considerando que não há estudos significativos sobre o uso das redes sociais como ferramenta para evolução da pesquisa, avaliar sobre essa possibilidade. Objetivos: Promover um levantamento epidemiológico da prevalência de cefaleia em um grupo de estudantes de diferentes períodos do curso de Medicina do UniFOA; avaliar se há adesão dos acadêmicos a pesquisas científicas realizada em redes sociais. Metodologia: Selecionou-se, aleatoriamente, 70 alunos de diferentes períodos do curso de Medicina UniFOA, em um grupo na rede social Facebook, no qual foi disponibilizado o Diário da Cefaleia pelo período de 2 meses. Posteriormente, esses diários foram levantados e analisados, quanto à cefaleia e à adesão ao estudo. Resultados: A taxa de adesão à pesquisa foi de 42,85%, demonstrando que, apesar dos jovens apresentarem grande aceitação por redes sociais, muitas vezes relatada em forma de vício, eles ainda as consideram apenas como um meio de entretenimento, não dando credibilidade a sua utilização para pesquisas científicas. Referindo-se a cefaleia, sua prevalência nesses acadêmicos foi de 40%, sendo que tinham entre 21 e 31 anos de idade. Constatou-se ainda que, desses acadêmicos, 83,34% eram do 7º período e a maioria deles associou os episódios ao estresse desenvolvido pelas atividades do período. Conclusão: A visão que se tem a respeito das redes sociais ainda é restrita, não sendo visualizada a relevante contribuição que ela pode dar à pesquisa cientifica. No que se refere à cefaleia, tendo em vista que, na maioria dos casos, ela foi associada à tensão emocional, conclui-se que a elaboração de mecanismos didáticos e o acompanhamento com equipe multidisciplinar se fazem essenciais para modificar esse quadro.

Referências

BARROS, J. E. F. et al. Headache among medical and psychology students. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, São Paulo, v. 69, n. 3. 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2011000400018&script=sci_arttext>. Acesso em: 4 maio 2015.

BIGAL, M. E.; SPECIALI, J. G.; Classificação, epidemiologia e impacto das cefaleias crônicas diárias. Einstein, São Paulo, v. 2, s. 1, p. 1-4. 2004. Disponível em: http://www.einstein.br/biblioteca/artigos/Suplemento/classificacao,%20epidemiologia %20e.pdf.> Acesso em: 4 maio 2015.

HARRISON, T. R. et al. Harrison medicina interna. 17. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008.

PREZIOSI, F; Diário da cefaleia. Sociedade Brasileira de cefaleia. Disponível em: <http://www.sbce.med.br/index.php?option=com_k2&view=item&layout=item&id=302&Itemid=845>. Acesso em: 4 maio 2015.

SPECIALI, J. G. et al. Epidemiologia das cefaleias. Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor, São Paulo, out/2011-out/2012. Disponível em: www.dor.org.br/pdf/campanhas/19.pdf. Acesso em: 4 maio 2015.

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Narezi Pimentel Rosa, R., Machado Sarmento, E., Manoel Brito, C., & Cugola, F. (2015). Uso de redes sociais para avaliação da prevalência de cefaléia em estudantes de medicina do UniFOA. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.746.2.2015

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