Abordagem da Febre de Origem Obscura clássica (Foo)

Autores

  • Leonardo Augusto Arinelli Barbosa Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Amanda Pires Machado Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Giselle Groetares de Lima Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Guilherme Carneiro Barreto Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Letícia de Abreu Silva Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Luisa de Carvalho Guerra Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Otávio Mendonça Lucas Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Sabrina Kelly Alves Honório Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • Saulo Reindel Bonfim Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.641.2.2015

Palavras-chave:

Febre de origem desconhecida, anamnese, investigação laboratorial, diagnóstico

Resumo

Introdução: Condição comum no atendimento terciário e quaternário, menos frequente nos níveis 1º e 2º, caracterizada por febre indiscutível, durando mais do que 3 semanas, em um uma situação clínica inconclusiva e sem diagnóstico após propedêutica inicial. Diante de uma FOO clássica, as etiologias possíveis são: infecções, neoplasias, doenças inflamatórias não infecciosas, miscelânea e causas não determinadas. Um conhecimento aprofundado dos grupos etiológicos permite dirigir uma anamnese e exame físico eficiente para a avaliação diagnóstica. Também faz parte dessa avaliação uma série de exames clínicos essenciais. À medida que o quadro evolui, novos sintomas podem surgir de forma que outros exames se fazem necessários. O tratamento varia em terapia específica, após o diagnóstico ou prova terapêutica com avaliação da resposta. Objetivos: Apresentar informações contidas na literatura da última década que permitam orientar o raciocínio diagnóstico diante de uma febre de origem indeterminada clássica. Espera-se que por meio deste, garanta-se maior facilidade em determinar hipóteses diagnósticas, questionamentos pertinentes na anamnese e exames fundamentais para confirmação das hipóteses. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica, com caráter qualitativo, restrito à FOO clássica, baseado em informações publicadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (Scielo) e LILACS, no período de 2005 a 2015, e nas atualizações encontradas na obra de referência utilizada pela instituição, "Rotinas de diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias" (3. ed., 2012). Discussão: A elucidação de um caso de FOO clássica, geralmente, não se prende a esquemas propedêuticos fixos. As causas e a prevalência desse tipo de febre variam de acordo com a região estudada; no entanto, alguns conceitos são, de maneira geral, concordantes em diferentes fontes bibliográficas. O conhecimento desses pontos de convergência traz benefícios para a prática dos profissionais de saúde. A sequência de raciocínio a ser apresentada é consenso entre Lambertuci, Ávila e Voieta (2005); Pereira e colaboradores (2010) e Tavares e Marinho (2012). É fundamental diante de um caso de febre prolongada, certificar-se de que a febre realmente existe, descartando assim febres fraudadas e aumentos fisiológicos da temperatura. Após a constatação, prossegue-se com uma rotina mínima e inteligente de exames físicos ecomplementares capazes de identificar condições prevalentes como pneumonia, faringoamigdalite, sinusite e infecção urinária. Se não houver definição diagnóstica após a rotina inteligente, a investigação da febre obscura deve ser iniciada. Para a investigação adequada são imprescindíveis: (1) pesquisa de patologias endêmicas; (2) anamnese minuciosa incluindo principalmente aspectos profissionais, hábitos, viagens recentes, procedência, doenças prévias, contato com doentes ou animais, uso de medicações ou drogas e história familiar completa; (3) exame físico detalhado e seriado, com pesquisa de lesões cutâneas, visceromegalias, linfonodos aumentados, sopros, alterações no trajeto das artérias temporais, no fundo de olho e na palpação das tireoides. Se ainda não existirem indícios que orientem uma investigação complementar específica, deve-se realizar uma rotina básica de exames complementares, dos mais simples para os mais complexos. Em último caso, é adequado realizar prova terapêutica. Conclusão: Cada paciente deve ser conduzido de forma personalizada e individual, porém o conhecimento das etiologias prevalentes e dos exames mais importantes a serem solicitados, em casos onde há ou não sugestão diagnóstica, auxilia na formação de um padrão de atendimento e elucidação.  

Referências

LAMBERTUCCI, J. R.; AVILA, R. E. D.; VOIETA, I. Febre de origem indeterminada em adultos. Rev. Soc. Bras. Med. Trop., Uberaba, v.38, n.6, p.507-513, dez. 2005 .

PEREIRA, N. G. et al.Temas de atualização e revisão em Clínica Médica: febres prolongadas de origem obscura: parte 1. J. bras. med, Rio de Janeiro, v. 98, n. 2, p.26-36, abr./maio, 2010.

TAVARES, W.; MARINHO, L. A. C. Rotinas de diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2012.

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Publicado

15-05-2015

Como Citar

Augusto Arinelli Barbosa, L., Pires Machado, A., Groetares de Lima, G., Carneiro Barreto, G., de Abreu Silva, L., de Carvalho Guerra, L., Mendonça Lucas, O., Kelly Alves Honório, S., & Reindel Bonfim, S. (2015). Abordagem da Febre de Origem Obscura clássica (Foo). Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 2. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.641.2.2015

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