Considerações Atuais Sobre as Vantagens da Ventilação Mecânica Não Invasiva nas Exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

Autores

  • C. B. C. Medeiros Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.
  • G. A. Zonzin Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA.

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.549.3.2016

Palavras-chave:

dpoc, ventilação mecânica não invasiva, exacerbações

Resumo

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) se caracteriza por uma obstrução progressiva do fluxo aéreo e tem se configurado ao longo dos últimos anos como uma das principais causas de morte no Brasil. A doença cursa com episódios de agudização que muitas vezes culminam em internações, o que torna o tratamento oneroso e aumenta suas taxas de mortalidade e morbidade. O suporte inicial aos pacientes com insuficiência respiratória crônica agudizada deve ser baseado na utilização de drogas broncodilatadoras, no tratamento da causa desencadeante, na administração de corticosteroides sistêmicos e na suplementação de oxigênio. Quando há a necessidade de suporte ventilatório, deve-se iniciá-lo tendo como via preferencial, resguardadas as devidas exceções, a ventilação mecânica não invasiva (VNI). O trabalho tem como objetivo propor uma discussão sobre as vantagens do método não invasivo no manejo de tais pacientes, uma vez que esta se sobrepuja a ventilação mecânica invasiva em diversos aspectos, tais como melhor aceitação do paciente, menor taxa de intubação traqueal, menor risco de infecções, menor tempo de internação em UTI e, consequentemente, menor mortalidade. Foi realizada uma revisão de literatura tendo como base a pesquisa de artigos nas plataformas de dados Scielo, Bireme e PubMed-Medline. Após uma análise minuciosa das indicações e contraindicações de seu uso em consonância com os aspectos pessoais da patologia do paciente - no qual é preciso pesar riscos e benefícios para o doente assim como a segurança do profissional médico na escolha do procedimento adequado - a VNI surge como alternativa eficaz na terapêutica da insuficiência respiratória provocada pela agudização da DPOC, uma vez que minimiza ou elimina diversos fatores de agravamento do quadro clínico como as complicações inerentes à intubação orotraqueal, as pneumonias nosocomiais e comorbidades decorridas das mesmas, dentre outros fatores. Além de minimizar o desconforto que a ventilação mecânica invasiva proporciona ao doente, o uso do método não invasivo reduz o índice de recidivas e o tempo de permanência do paciente em internação hospitalar. Os benefícios incluem ainda uma melhora na qualidade de vida e percepção da doença pelo paciente e pela família, o que em conjunto com todos os demais fatores faz do uso da ventilação mecânica não invasiva um consenso como a primeira escolha no tratamento de pacientes com exacerbação da DPOC.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Medeiros, C. B. C., & Zonzin, G. A. (2016). Considerações Atuais Sobre as Vantagens da Ventilação Mecânica Não Invasiva nas Exacerbações da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.549.3.2016

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