Análise dos fatores de risco e variáveis sócio-econômicas em idosos com Síndrome Metabólica no Município de Londrina - PR
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.527.3.2016Palavras-chave:
-Resumo
Introdução: As transformações sócio-econômicas e industriais no mundo têm alterado o cotidiano das populações, acarretando o aumento no risco e predisposição para doenças cardiovasculares e diabetes melito. No contexto, a Síndrome Metabólica (SM) é conceituada e atua no cálculo da gravidade do risco em se desenvolver tais doenças, abrangendo um conjunto de fatores: obesidade central (circunferência abdominal), hipertrigliceridemia, diminuição do colesterol HDL, hiperglicemia e hipertensão arterial sistêmica. A prevalência da síndrome metabólica é variável de acordo com a localidade e a etnicidade, sendo consenso seu aumento relacionado com o avanço da idade. Nesse âmbito, acredita-se que, até 2025, o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de idosos, tornando-se um desafio para a saúde pública. Os critérios de valores e conjuntos para compor o diagnóstico de SM são definidos por diferentes organizações, considerado para o presente estudo os critérios da NCEP-ATPIII revisado, por serem os mais amplamente utilizados na clínica e nos estudos epidemiológicos. Objetivos: Analisar a prevalência de portadores de SM em idosos no município de Londrina-PR, verificar a associação e significância estatística da SM com o gênero, seus fatores e dados socio-econômicos (renda, escolaridade e percepção da saúde). Métodos: O estudo realizado foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNOPAR (protocolo n.º PP/0070/09). Possui caráter analítico, observacional, transversal e analisou de forma aleatória, por sorteio, pacientes idosos em 39 Unidades de Saúde do Programa de Saúde da Família da zona urbana de Londrina/PR, que participaram do Estudo Sobre Envelhecimento e Longevidade (EELO) entre julho de 2009 a dezembro de 2010, totalizando 519 indivíduos para o estudo. Desses, 60 foram excluídos por não terem seus dados completados, totalizando 459 idosos (154 homens e 305 mulheres). Para cada parâmetro, foram utilizados os métodos estatísticos, pelo programa GraphPad Prism 6, adequado às variáveis, sendo utilizado o teste-t e Mann-Whitney para as quantitativas e o Qui-quadrado paras qualitativas. Resultados: dos 459 selecionados, 205 apresentavam SM, encontrando-se uma prevalência de 45%. Entre os sexos, das 305 mulheres selecionadas, 165 (54,10%) possuíam SM; entre os homens, dos 154 analisados, 40 (25,97%) eram portadores da síndrome, apresentando significância estatística p <0,0001. A prevalência de hipertensão em homens foi de 85% enquanto em mulheres foi de 92,72%; a circunferência abdominal aumentada em homens foi de 80% e em mulheres 93,94%; o componente glicemia esteve em 85% nos homens e em 70% nas mulheres; as taxas elevadas de triglicerídeo em 70% dos homens e 74% das mulheres e; os baixos níveis de HDL estiveram presentes em 20% dos homens e 33,94% das mulheres. Entre os portadores e não portadores da SM, houve diferença na percepção de saúde (p<0,0001), mas não na escolaridade (p>0,05) ou na renda (p>0,05) . Conclusões: a SM é mais prevalente no sexo feminino e a hipertensão e www.unifoa.edu.br/editorafoa ISBN: 978-85-5964-009-0 a obesidade central são os componentes mais presentes na síndrome. Não há diferença estatística na renda e escolaridade entre indivíduos com ou sem a síndrome, mas quanto melhor a percepção da saúde menor são as chances de desenvolvê-la.
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