A homeopatia fundamentada na farmacologia moderna

Autores

  • R. Rezende Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. G. Loureiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • R. B. Pinheiro Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.508.3.2016

Palavras-chave:

homeopatia, farmacologia moderna, medicina

Resumo

A homeopatia é um método terapêutico, sistematizado por Samuel Hahnemann, no século XVIII. O método é baseado na aplicação em quatro pilares básicos: o princípio da similitude, a experimentação no homem são; uso de medicamento único (em doses diluídas e dinamizadas) a individualização desse medicamento. Neste breve relato, nos concentraremos no primeiro pilar. A aplicação do princípio da Similitude, já citado por Hipócrates. Utiliza substâncias medicinais que promovem no organismo efeitos semelhantes aos sintomas que se deseja tratar. Este princípio é fundamentado pela farmacologia moderna na ação do efeito rebote, que para Hahnemann seria a ação secundária ou energia vital do organismo. Por definição, efeito rebote é a produção de sintomas opostos aumentados quando termina o efeito de uma droga ou o paciente já não responde à essa droga. Portanto, se uma droga produz um efeito rebote, o sintoma que foi usado para tratar, pode retornar ainda mais forte quando a droga é descontinuada ou perde o efeito. Já o efeito paradoxal é uma resposta da droga oposta ao efeito previsto. Esta interrupção do efeito direto ou primário da droga permite a expressão da reação homeostática do organismo (reação vital do organismo), procurando retornar a seu estado basal. Explicado parcialmente pela alteração na regulação ou na capacidade dos receptores fisiológicos envolvidos, o efeito rebote precisa de um tempo mínimo para se manifestar. Por sua ação idiossincrásica, se manifesta num pequeno número de indivíduos susceptíveis, sendo mais significativo em algumas classes de drogas. Alertando para os resultados desagradáveis do uso dos fármacos de ação antagônica, Hahnemann sublinhou os riscos desta ação secundária (reação vital) de produzir efeitos indesejáveis, principalmente com o uso em doenças crônicas. Ele validou o tratamento homeopático, principalmente o uso da similitude terapêutica usando a lógica aristotélica dedutiva modus tollens ou aquele modo que afirma pela negação (prova indireta ou hipótese nula). Sabemos que essa terapêutica é baseada em princípios distintos do modelo científico clássico e por esse motivo é de difícil compreensão e aceitação pelo modelo acadêmico tradicional. Para se legitimar a homeopatia frente a epistemplogia moderna, há que se fazer muitos trabalhos de pesquisa. Cabe aqui ressaltar que essas pesquisas devem se ajustar às epistemes dos modelos clássico e homeopático. Satisfazendo à racionalidade médica também do modelo hahnemanniano.

Referências

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Publicado

12-05-2016

Como Citar

Rezende, R., Loureiro, L. G., & Pinheiro, R. B. (2016). A homeopatia fundamentada na farmacologia moderna. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 3. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.508.3.2016

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