Gravidez ectópica abdominal

relato de caso

Autores

  • C. M. V. Carvalho Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • L. P. Panaino Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.476.4.2017

Palavras-chave:

gestação ectópica, gestação abdominal

Resumo

Gestação ectópica é definida como a implantação do ovo fecundado (blastocisto) fora da superfície endometrial da cavidade uterina. Dependendo do local a gestação pode ser tubaria, ovariana, abdominal, cervical ou intersticial. Os casos de gestação ectópica podem chegar a 1% das gestações, destas 98,3% são tubarias e apenas 1,4% são abdominais. Etiologicamente qualquer fator que impeça o transito do ovo para o útero pode causar a gestação ectópica. Dentre as causas podemos citar infecções que podem levar a obstrução da tuba, diminuição da luz, microdiverticulos e destruição das fimbrias. Segundo alguns autores cirurgia tubaria previa também aumentam a incidência de tais gestações. Na gestação abdominal o ovo se implanta na superfície serosa peritoneal após sua expulsão da tuba. Como causas de gestação abdominal primaria pode-se citar migração anômala do ovulo, defeito de captação e aspiração do ovulo pelo pavilhão tubário e problemas em seu transito. Em sua maioria o ovo se encontra no fundo de saco de Douglas ou em áreas adjacentes como reto, mesocólon, ligamento largo, fosseta ovariana ou fosseta sigmoide. A anamnese e exame físico são capazes de diagnosticar quadros agudos em que a paciente apresentara dor abdominal intensa e choque hemorrágico quando houver rotura tubaria. Dosagem de BHCG é fundamental além do uso da ultrassonografia que juntos são considerados o padrão ouro para diagnostico. O tratamento conservador é extremamente controverso, está indicado pela maioria dos autores a hospitalização e exploração da cavidade abdominal para retirada do embrião. O caso clinico em questão trata-se de ESA que foi atendida no HSJB alegando dor abdominal onde foi então internada para realização de USG transvaginal que mostrou gestação ectópica. Paciente começou a evoluir com palidez e relatando mal-estar geral. Foi então conduzida para laparotomia exploradora e ao acessar a cavidade abdominal prenhez estava aderida ao epiplon, com placenta rota e sangue em quantidade moderada na cavidade. Embrião estava integro ainda com batimentos e presença de bolsa amniótica, livre na cavidade abdominal. Foi então realizado a extirpação, revisão da cavidade e da hemostasia e então síntese da cavidade. Paciente evoluiu bem no pós-operatório sendo então encaminhada para acompanhamento ambulatorial após alta hospitalar.

Referências

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Publicado

24-05-2017

Como Citar

Carvalho, C. M. V., & Panaino, L. P. (2017). Gravidez ectópica abdominal: relato de caso. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 4. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.476.4.2017

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