Nanotubos de Titanatos Conjugados com Cisplatina: Um Sistema Carreador para Liberação controlada de Fármacos Antineoplásicos
DOI:
https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.461.4.2017Palavras-chave:
cisplatina, nanotubos de titanatos, fármacos, células cancerígenasResumo
A cisplatina é um agente antineoplásico amplamente utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer. Mas devido a sua toxicidade, sua dose máxima diminui seu efeito terapêutico. Diversos sistemas carreadores têm sido propostos para reduzir sua toxicidade sistêmica. A encapsulação em nanotubos de titânio protege o fármaco da degradação no ambiente biológico, neste aspecto as formulações em nano-escala justificam-se por serem promissoras permitindo maior performance da droga. Há uma diversa gama de fármacos potentes com propriedades físico-químicas, farmacológicas e toxicológicas que dificultam sua utilização clínica. Algumas destas propriedades relacionadas à droga matriz fundamentam a necessidade de modificar algumas das propriedades destas moléculas, tais como: biodisponibilidade, efeitos tóxicos e/ou incapacidade de atravessar diversos tipos de barreiras biológicas. Os nanotubos de titanatos são dotados de características físico-químicas únicas como uma elevada estabilidade e biocompatibilidade, o que proporciona a estes uma grande vantagem na utilização na terapia do câncer, posto que é capaz de se ligar ao princípio ativo do medicamento sem interferir no meio onde ocorre a ação medicamentosa. Tem-se como objetivos dessa pesquisa desenvolver uma metodologia para conjugar nanotubos de titanatos ao pró-fármaco cisplatina, determinar as características de ligação da cisplatina sobre a superfície de nanotubos, a caracterização físico-química do material conjugado obtido além de comparar a eficácia do conjugado Nanotubos+Cisplatina com a cisplatina pura in vitro e analisar sua ação sobre as células cancerígenas da linhagem HeLa. Está sendo realizada em 3 etapas: na 1ª etapa foi realizada a síntese hidrotérmica dos nanotubos de titanato que serão utilizados como veiculo para carreamento do fármaco; na 2ª etapa que ainda está sendo desenvolvida, será investigada a interação físico-química da Cisplatina+Nanotubos, para isso serão utilizadas análises térmicas (TG, DSC) e Espectrometria de IV e na 3ª e última etapa serão realizados os testes in vitro por meio do ensaio MTT colorimétrico, que permitirá o cálculo do IC50 do sistema obtido. O desenvolvimento de nanopartículas para o transporte eficaz de fármacos com um novo sistema carreador (drug delivery) para a droga cisplatina até as células tumorais surge como uma técnica inovadora para terapia do câncer podendo gerar novas patentes e melhorar o desempenho de drogas já conhecidas aumentando seu índice terapêutico utilizando menos fármaco.
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