Esofagogastroplastia e esofagocoloplastia na reconstrução do trânsito pós- esofagectomia em pacientes com estenose congênita de esôfago

Autores

  • C. C. L. Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • F. M. P. Leme Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.452.4.2017

Palavras-chave:

estenose congênita de esôfago, esofagectomia, esofagogastroplastia, esofagocoloplastia

Resumo

A estenose congênita de esôfago por coristoma caracteriza-se por ser um distúrbio do desenvolvimento na formação e separação entre o trato respiratório embrionário e o intestino primitivo, levando a um sequestro de células precursoras do trato respiratório dentro da parede do esôfago. Como consequência os pacientes apresentam grande morbidade com implicações sérias, como perda de peso, desnutrição, impactação alimentar e aspiração pulmonar. O tratamento deve ser particularizado a cada paciente. Entretanto, as estenoses por remanescentes traqueobrônquicos, por serem muito rígidas, não são passíveis de dilatação, sendo o tratamento cirúrgico a melhor conduta, consistindo na ressecção do segmento acometido com anastomose esofágica término-terminal. O objetivo desse estudo é discutir a estenose congênita de esôfago devido a remanescentes traqueobrônquicos, bem como os métodos empregados para tratamento, comparando as técnicas para a reconstrução de trânsito pós-esofagectomia, quanto à sua eficácia, satisfação e adaptabilidade à nova situação de deglutição após cirurgia. Para a realização deste trabalho foi realizada uma pesquisa bibliográfica que incluiu artigos científicos, relatos de casos e revisões sistemáticas, publicados entre o ano de 2000 e 2016. Foram consideradas as seguintes bases de dados: PubMed, Lilacs e BVS. Foram utilizados os seguintes descritores: "Estenose Congênita de Esôfago”, "Esofagectomia", "Esofagogastroplastia", "Esofagocoloplastia", "Reconstrução Esofágica". Outros critérios de inclusão adotados foram estudos que apresentaram dados como mortalidade, morbidade, deiscência e isquemia da terapêutica cirúrgica da estenose congênita de esôfago. Não há uma única alternativa cirúrgica para tratamento de tais pacientes, devendo ser a terapêutica adaptada a cada caso em particular, sempre dando preferência ao procedimento mais conservador. Porém, de acordo com as diversas pesquisas feitas, o estômago hoje, apesar de certas desvantagens frente ao colón, é o órgão preferido pela maioria dos cirurgiões para substituir o esôfago, devido a sua localização anatômica e rica vascularização. As estenoses possuem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes levando, à desnutrição, perda de peso e risco de broncoaspiração, caracterizando a importância da realização deste estudo, possibilitando  a síntese do estado do conhecimento sobre o assunto, além de apontar lacunas que precisam ser preenchidas com a realização de novos estudos.

Referências

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Publicado

24-05-2017

Como Citar

Oliveira, C. C. L., & Leme, F. M. P. (2017). Esofagogastroplastia e esofagocoloplastia na reconstrução do trânsito pós- esofagectomia em pacientes com estenose congênita de esôfago. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 4. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.452.4.2017