Trazendo o Abraço de Volta

a afetividade no processo ensino-aprendizagem

Autores

  • L. L. Oliveira Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA
  • M. C. V. Fonseca Centro Universitário de Volta Redonda, Volta Redonda, RJ - UniFOA

DOI:

https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.432.5.2018

Palavras-chave:

Afeto e Cognição, Processo ensino-aprendizagem, Relação família/escola/aluno

Resumo

Vivemos um cenário em que predominam a pressa e a eficiência, o que leva a escassas demonstrações de afeto para com o próximo, inclusive afetando lares, onde por vezes se pode observar um enfraquecimento no vínculo entre pais e filhos. Nesse contexto, falar da relação existente entre a cognição e a afetividade nos âmbitos família e escola é relevante, e nosso estudo visa atrair a atenção de pais e professores para a necessidade do resgate desse vínculo afetivo, mostrando seu papel primordial ao bom desenvolvimento psicoafetivo da criança. Desde a mais tenra idade, a intimidade física que se estabelece pela relação entre a mãe e o recém-nascido é comparada a uma simbiose. Sabe-se que a afetividade é um dos primeiros recursos da relação do indivíduo com o seu meio, e que na base da formação humana se encontra a experiência social. Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado, ainda em desenvolvimento, e busca fazer uma síntese das evidências disponíveis sobre o tema desenvolvimento e afetividade, por meio da metodologia de revisão integrativa, modo de pesquisa que permite verificar  o estado da arte do conhecimento sobre o assunto investigado, de modo mesmo a apontar possíveis lacunas existentes nesse campo de conhecimento, mas principalmente, aqui, elencar possíveis intervenções a serem realizadas por pais e educadores. Os estudos mostram que é preciso identificar o momento formativo em que se encontra a criança individualmente, sendo este momento influenciado e dependente da integração existente entre os conjuntos funcionais − afetivo, motor e cognitivo – que, embora tenham identidade estrutural e funcional diferenciadas, estão tão integrados que cada um é parte constitutiva dos outros, de modo que o que se conquista num plano interfere no outro. Este fator é fundamental para o estabelecimento da integração dinâmica entre o orgânico e o social do indivíduo. No que diz respeito à relação estabelecida no processo ensino-aprendizagem, ressaltamos que desde a fase inicial da escolarização cabe ao professor, como mediador deste processo inicial, acolher, dar a estrutura de afeto necessária no momento em que ocorre o primeiro rompimento de dependência entre a mãe e a criança. É uma relevante tarefa docente buscar as oportunidades para estabelecer a inter-relação entre o desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor. Com respeito à dimensão afetiva exercida nas práticas pedagógicas, seus impactos podem tanto ser caracterizados por movimentos de aproximação ou de afastamento entre o sujeito/aluno e os objetos /conteúdos escolares. Diante do exposto, a divulgação deste trabalho deve contribuir com a reflexão sobre a relevância da atuação dos pais e educadores no processo de formação global do ser, em que sejam considerados os aspectos motores, afetivos e cognitivos.

Referências

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Publicado

03-05-2023

Como Citar

Oliveira, L. L., & Fonseca, M. C. V. (2023). Trazendo o Abraço de Volta: a afetividade no processo ensino-aprendizagem. Congresso Médico Acadêmico UniFOA, 5. https://doi.org/10.47385/cmedunifoa.432.5.2018